Minha Coleção: Fabiano Negri, vocalista do Rei Lagarto, mostra o seu acervo para a Collector´s!


Por Ricardo Seelig
Publicitário e Colecionador
Collector´s Room

Olá Fabiano. Como você conheceu a Collector´s Room?

Olá Ricardo! Conheci através das matérias no Whiplash.

De onde você é e o que você faz?

Sou de Campinas, e sou músico.

Quando começou a se interessar por música?

Bem cedo. Quando tinha seis anos descobri a música de uma forma bem vergonhosa: fiquei fissurado em “Menina Veneno” do Ritchie (risos). Depois veio o Michael Jackson. Fui pego pela “Jackson mania” dos anos oitenta, sabia cantar o Thriller (gostaria de voltar no tempo para saber o “inglês” que eu falava na época!) de cabo a rabo. Até hoje adoro! O bicho pegou mesmo no primeiro Rock in Rio. Ali eu vi o que eu realmente gostava. Queen, Iron Maiden e Ozzy Osbourne. O Ozzy se tornou meu grande ídolo, e é até hoje.


Quantos discos você tem?

Por volta de 2.000.

O forte da sua coleção são os itens do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne. O que o atrai na banda?

Eu gosto do “talento rústico” do grupo. Principalmente na fase Ozzy as coisas eram muito espontâneas, sem rótulos, surpreendentes. O Sabbath, pra mim, é a banda mais original de todos os tempos. Não são os melhores músicos do mundo, mas têm aquele algo mais que me faz descobrir coisas novas a cada audição.

Quantos itens do Black Sabbath e do Ozzy você possui?

Possuo tudo que foi lançando oficialmente em quase todas as edições, mais bootlegs e DVDs. Não fiz as contas, mas devo ter umas 200 peças, fora o que tenho baixado. Sou frequentador assíduo de fóruns de bootlegs na rede. Tudo o que você pode imaginar de boots do grupo eu tenho baixado e catalogado, e todo o dia eu dou uma olhada pra ver se encontro algo novo.


Quais são, pra você, o melhor disco do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne?

Do Black Sabbath o Sabbath Bloody Sabbath (pra mim o melhor disco de todos os tempos). Do Ozzy, o No More Tears.

Não sei se funciona assim pra você, mas pra mim o Black Sabbath com Ozzy é uma banda muito diferente daquele que surgiu com a entrada de Ronnie James Dio em 1980. Com Ozzy o som era mais espontâneo, enquanto com Dio ficou mais técnico e épico. As duas fases são excelentes, sem dúvida, mas quais são, pra você, as principais qualidades de cada um desses períodos da carreida do Sabbath?

Na fase Ozzy, a criatividade da banda. Acho que eles estavam numa sintonia muito profunda. A cozinha pesada, os riffs mágicos de Tony Iommi e um dos vocalistas mais originais de todos os tempos. Podem falar que o Ozzy não tem técnica – concordo. Mas as melodias (principalmente a partir do Vol 4) e a voz única não podem ser deixadas de lado. Ele era o vocalista perfeito para o Sabbath nessa época. Todos os discos, sem exceção, são espetaculares e diferentes entre si. Essa é a melhor banda que eu já ouvi na vida! Observação: não considero o Black Sabbath dessa época como uma banda de heavy metal. Era uma mistura muito grande para ser chamado de metal.

Em relação à fase Dio, essa sim era uma banda de metal - a melhor banda de heavy metal de todos os tempos! O som ficou mais linear e pesado, as letras ganharam um aspecto mais místico e fantasioso, e tínhamos a voz fabulosa de Ronnie Dio. Nada pode ser mais pesado do que isso! Vi a banda quatro vezes ao vivo (duas em 1992 e duas em 2009). Posso resumir as apresentações com um simples “dá medo”!

Pra falar a verdade, eu acho um absurdo quem gosta de uma fase e não gosta da outra. As duas trazem bandas bem diferentes, com propostas distintas de som, mas tudo com o mais alto gabarito. Basta ter a mente aberta e botar o som no talo!



Você tem alguma mania em relação à sua coleção, ao modo como guarda e organiza os seus discos?

Procuro deixá-los sempre na ordem alfabética de bandas e cronológica dos lançamentos, e num lugar onde só eu possa colocar a mão (risos)!

Que coleção você conheceu, aqui na Collector´s ou em suas andanças, que te fez ficar babando de inveja?

Sem dúvida a do Kid Vinil. Esse cara tem tudo! É uma lenda em se tratando de coleções e conhecimento sobre música!

Qual o item mais raro da sua coleção?

Acho que hoje nada é mais tão raro como era nos anos oitenta. Tenho alguns itens autografados que são mais importantes pra mim. Levei alguns álbuns do Deep Purple quando tive a oportunidade de conhecê-los em 2009, e meu No More Tears tem autógrafo do Zakk Wylde. Tenho alguns boots do Sabbath em edições bem rústicas, como o Masses in Wichita e o Love in Chicago. Também tenho muito apreço pelo vinil do Songs in the Key of Life do Stevie Wonder, em edição importada, que vem com um compacto que tem os bonus tracks da época, como “Ebony Eyes”. Além disso, acho muito bacana o vinil, em box especial, da Elis Regina, Saudade do Brasil, numa edição limitada, bem rara hoje em dia.

Como músico, qual é, pra você, a importância dos colecionadores para as bandas e para a indústria da música?

Somos nós que mantemos as coisas rolando. Hoje em dia ou baixam o som ou compram os discos da moda. Somos nós que fazemos girar o mercado com relação aos lançamentos ou relançamentos dos medalhões, ou até mesmo de artistas completamente desconhecidos do grande público.


O Rei Lagarto já está na estrada há um bom tempo. Como é batalhar, batalhar, saber que a sua banda tem qualidade e poderia ser muito mais reconhecida em todo o país, e ver o espaço destinado ao “rock” no Brasil ser ocupado por atrocidades como o Restart?

Ah … já estou conformado. Pelo menos tem gente que entende e gosta de som que compra os nossos CDs. Para mim isso já é o suficiente. Não adianta brigarmos com o sistema. Ele emburrece as pessoas culturalmente. Isso é triste, mas é real. Faço música porque gosto. Perco muito dinheiro com isso, mas ganho algum como professor. Não posso viver sonhando com uma realidade que não vai chegar.

Falta apoio da mídia especializada às boas bandas de rock do Brasil?

Falta apoio dos grandes veículos, mas temos uma cena underground bem forte, sustentada por fãs, sites e revistas especializadas que dão conta do recado. Talvez com o Rock in Rio na ano que vem tenhamos o rock entrando na moda novamente, e com boas bandas. Esse tipo de coisa desperta - como despertou em mim - uma vontade louca de ter uma banda, de ir a shows e comprar discos. Basta torcer para termos um line-up decente, que mostre para as pessoas músicas de qualidade. Adoraria ver o rock voltar a ser “modinha” como era no final dos anos oitenta até o meio dos noventa. O Brasil está precisando disso. Quando você tem na mídia forte música de qualidade versus lixo, a coisa costuma andar. O duro é quando só tem lixo enfiado garganta abaixo pela mídia. Aí, quem não pesquisa não acha. E não temos muitos “pesquisadores” por aí, infelizmente.


O nome Rei Lagarto surgiu em homenagem a Jim Morrison?

Sim! Quando o nome surgiu eu ainda não fazia parte da banda, mas aprovo e sou fanático por Doors, mesmo que nosso som não tenha nada a ver com a banda do Lizard King!

Quais são, como vocalista, as suas principais influências musicais?

Ao longo dos anos fui agregando muitas influências. Mas vamos aos caras que estão sempre na minha mente enquanto componho e me apresento: Ian Gillan, Ozzy Osbourne, Robert Plant, Paul McCartney, John Lennon, Freddie Mercury, Elton John, Axl Rose, Paul Stanley, Mick Hucknall, Jim Morrison, David Bowie, Michael Jackson, Elvis Presley, Stevie Wonder e Marvin Gaye. Mistureba, hein ...

Quais são, na sua opinião, as melhores – e não necessariamente as principais – bandas de rock do Brasil?

São muitas. Gosto do King Bird, Deventter, Slippery, Hellish War, Baranga, Rei Lagarto (risos). Se fosse pra escolher uma banda que representa o Brasil no mundo escolheria o Sepultura. Foi o mais longe que conseguimos chegar, e os discos até Chaos A.D. são seminais. Gostaria de ver a banda com sua formação original de novo, mas também não quero que o boa praça Derrick Green perca o emprego … bom deixa pra lá (risos)! Temos muitas bandas boas. Procuro sempre ouvir tudo o que chega no meu e-mail ou que eu veja resenhado em alguma revista ou site. Sempre descubro coisas bem legais. Temos músicos e compositores com muito talento por aqui!

O que você está ouvindo atualmente e que recomendaria para os leitores da Collector´s?

Só ouço velharia, então não tenho muitas novidades na manga. A última coisa que ouvi foi o Viva Elvis. Esse CD conta com algumas músicas do rei rearranjadas para soarem atuais. Na maioria dos casos ficou muito bom! Vale uma ouvida. Uma banda de hard rock que pouca gente conhece mas que eu recomendo é o Badlands. Um grupo que tem o monstro Jake E. Lee na guitarra e Ray Gillen - uma das melhores vozes que eu ouvi na vida - não pode passar despercebida. Se você é fã de hard dos bons, ouça Voodoo Highway, é uma aula de som!

O que significa ser um colecionador de discos para você?

Pra mim é muito natural. Nunca gostei de nada que fosse diferente disso. Nunca liguei pra comprar uma roupa cara ou qualquer coisa do tipo. Quando sobra algum, já penso em discos que eu não tenha para comprar. Gosto de sons que vão de Black Sabbath a Elis Regina, então acho que tenho ainda um longo caminho para chegar numa coleção que me agrade totalmente – aliás, acho que nunca vou chegar lá. Que bom, se não tivesse mais o que comprar ficaria louco (risos)!

Fabiano, muito obrigado pela entrevista, e deixe um recado para os leitores da Collector´s Room.

Valeu Ricardo! Gostaria de agradecer a oportunidade de falar para um público seleto e entendido do assunto, como o da Collector’s Room. Não esqueçam de ouvir as boas bandas do Brasil. Tem muita coisa de altíssimo nivel pra escutar. Grande abraço a todos, e continuem colecionando!

Comentários

  1. Lmbro-me de uma resenha de uma demo ou mesmo de um CD (faz tempo) do Rei Lagarto na Rock Brigade.
    Seria legal mesmo que com o Rock in Rio no próximo ano o rock ficasse em voga novamente...

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  2. Gostei bastante da entrevista. Alguém que ouve de Sabbath a Elis não é tão comum nestas bandas, élegal ver uma coleção de uma pessoa que não é "bitolada" num artista ou estilo apenas...

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  3. Ricardo,

    Enviei para o seu Gmail um texto para sua avaliação. Pode remover esse comentário! Abraço

    Luciano

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  4. Luciano, não recebi nenhum email aqui. Manda para ricardoseelig@gmail.com

    E gostei bastante da entrevista com o Fabiano também.

    Abraço!

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  5. Muito bacana, coleção e entrevista.
    "não considero o Black Sabbath dessa época como uma banda de heavy metal. Era uma mistura muito grande para ser chamado de metal."
    concordo em número, gênero e grau e assino em baixo!
    Abraço!
    Ronaldo

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  6. Valeu !
    Foi muito bacana dar essa entrevista e falar sobre o assunto que mais gosto. Fico contente que vc´s dividam as mesmas opiniões!

    Grande abraço!

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  7. Ricardo,

    O seu gmail é com G maiúsculo? Reenviei mais duas vezes, uma com endereço G maiúsculo e outra com g minúsculo! Meu email é:

    ls.lanna@yahoo.com.br

    Abraço!

    Luciano

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  8. me identifiquei com Fabiano, aliás o conheço aqui de Campinas, de bares etc, ele canta muito bem tbm. Eu tbm curtia Ritchie e Michael J. e depois caí pro metal no fim dos anos 80 e vi o declinio do movimento com o lixo do grunge. Também acho que o rock terá dias melhores, o Rock in Rio 2011 pode sim dispertar algo nos mais jovens, foi assim comigo no primeiro (quem não lembra das figurinhas de rock sendo trocadas no colégio?), no 2 no Maraca foi demais tbm, esse eu fui! Sepultura, Megadeth e Judas Priest, só isso (Guns não conta rsrsrs)...

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  9. Muito boa a entrevista!

    E faço minhas as palavras dele sobre o Sabbath original e sobre o fato de curtir as 2 fases (Dio e Ozzy.

    Identifiquei-me também pelo fato de ele curtir desde Sabbath até Elis, o que é algo muito incomum de se ver, como o Micael bem frisou.Pra mim a Pimentinha foi uma das grandes vozes da música.

    Forte abraço!

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  10. Rubens, meu caro. Elis sem sombra de dúvida é a maior voz do Brasil em toda a história da música!

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  11. Mairon : Concordo e assino embaixo.
    Além de grande voz e alcance a Elis tinha um senso de interpretação único e fantástico. Ela fazia músicas de outros compositores se tornarem mais dela do que de quem fez depois de colocar sua voz. É muito justo também falarmos dos arranjos do gênio César Camargo Mariano. Ele e a Elis formaram uma dupla sensacional e produziram alguns dos melhores disco de música brasileira de todos os tempos!!

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  12. Com certeza fabiano. A fase dela com CCM é excelente. Somente pérolas. E eu semrpe digo que a versão para "Saudosa Maloca" que Elis canta é de fazer até o pessoal do Demonios da Garoa arrepiar o cabelo.

    Abração e parabens pela coleção

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  13. A coluna minha coleção é sempre muito legal.

    Acho muito legal sempre retornarmos às origens.

    Por outro lado, fiquei um tanto quanto incomodado com a matéria, pois o Sr. Fabiano é o owner de uma comunidade no orkut a qual várias pessoas da collectors room foram banidas, inclusive eu.

    Sendo justo, sei que não foi o
    Fabiano quem nos baniu, mas se ele deixa a comunidade a cargo de um ditadorzinho de merda que é lunático e problemático, ai sim o problema passa a ser dele também, afinal deu o "poder" e não escutou o outro lado da história.

    Eu pessoalmente me coloquei a disposição para esclarecer e não obtive retorno.

    Fabiano, entenda que não é uma questão pessoal, mas num universo restrito que são os fãs de musica pesada no Brasil, todos se conhecem e a atitude da sua comunidade foi totalmente infantil. Reforço que sei que não foi você, mas você deu autonomia para um cretino que baniu várias pessoas e mentiu descaradamente, inclusive se fazendo de vitima.

    Fizeram o mesmo na comunidade da RC e em diversas outras com a mesma moderação. O fato de darmos espaço à RC tambem me incomoda, visto que não podemos entrar na comunidade deles. Se não podemos, não acho justo darmos espaço.

    Não sou o dono daqui, mas considero como minha casa. Respeito o meu amigo Cadão e sei o quanto ele trabalha para manter o nome vivo, portando respeito a decisão e o apoio para o bem e crescimento da collectors. Também sendo justo, a direção da revista entrou em contato comigo e se desculpou, OK, achei muito legal, mas a censura continua.

    Não quero transformar isso em briga, mas enquanto o ditadorzinho continuar saindo de vitima, vou continuar defendendo que foi sacaneado, não saio da cola.
    ANYTIME ANYWHERE - TAMO DE OLHO!!!

    Se quiser, tenho as provas das mentiras descaradas que o cidadão conta por ai.

    Voltando ao tópico, bela coleção. Só me surpreendeu você citar o AXL Rose como influencia. Nunca ouvi alguem o citando como referencia e como todos aqui sabem, acho o AXL um péssimo cantor.

    Abraço a todos! E reforço que não é pessoal ao Fabiano, é só um desabafo meu.

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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  15. Daniel, achei que esse problema já havia sido resolvido. Que fique claro que não tenho nenhum envolvimento com isso. O seu problema é com o Johnny Z. Já conversei com ele sobre isso e ele me disse que não iria banir mais ninguém. Eu sou apenas o dono da comunidade do Ozzy. Alias não me importo com esse tipo de briga de internet. Espero que vc se entenda com seu desafeto, porque eu não tenho nada a ver com seus problemas com ele e não tenho que herdar isso. Ele me pediu para ser moderador da comunidade e fez um bom trabalho na organização da mesma. Espero que vc entenda que está "desabafando" com a pessoa errada. Gostaria de te-lo de volta na comunidade mas eu não sei como desfazer a expulsão. O Orkut não me dá essa opção. Eu também não posso simplesmente banir o Johnny porque eu não posso me meter no problema de vc´s.Um abraço a todos!

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  16. Outra coisa Daniel, não só como forma de desculpas - convido todos que queiram contribuir - sinta-se a vontade para colaborar no meu site www.ozzybrasil.com - Ainda precisamos de muitas coisas e precisamos de colaboradores. Infelizmente esse problema entre vc´s foge das minhas mãos. Não posso simplesmente escolher um lado. Por favor entenda. Um abraço.

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  17. Daniel, você sabe que raríssimas vezes acesso o orkut, então não sei, sinceramente, do que você está falando.

    E Fabiano, a sua entrevista ficou muito legal, iniciamos uma conversa já via e-mail e você pareceu ser um cara bem gente boa. Provavelmente não sabe de nada disso que o Daniel está citando - e que eu também não sei do que se trata -, mas seria bem legal você entrar em contato com o Aces disse e ver o que está acontecendo, e, se possível, resolver isso com todo mundo.

    Vamo que vamo!

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  18. Em relação a Roadie Crew, a revista sempre terá espaço aqui na Collector´s Room. Não temos problema com ela, nem nunca tivemos. O que aconteceu foi que apontamos um erro de um colaborador da revista, e a coisa tomou proporções maiores do que deveria.

    Entrei em contato com o Johnny via telefone, conversamos e nos acertamos. Não tenho nada contra ele, inclusive acho que alguns dos melhores reviews atuais da RC são escritos por ele.

    Tenho conversado bastante com o Ricardo Batalha, que é um dos caras mais gente boa do meio metálico. A relação entre a gente está tão próxima que ele tem uma coluna aqui na Collector´s, e em breve mais novidades pintarão.

    A Roadie Crew é a revista mais importante - para não dizer praticamente a única - para quem gosta de heavy metal no Brasil. Várias pessoas que eu admiro escrevem para a revista, notadamente o meu amigo Bento Araújo. É difícil fazer jornalismo musical no Brasil, principalmente relacionado ao heavy metal, então é preciso valorizar iniciativas como a RC e como a Collector´s Room.

    Existem erros? Existem. Existem acertos? Sim, e em maior número. Quem não vive o dia a dia de um veículo direcionado à música no nosso país não sabe o que a gente enfrenta, por isso sempre digo que manter a Collector´s Room ativa, por exemplo, é um ato de insistência e teimosia, porque, pelas dificuldades que já enfrentei pelo caminho, a solução mais lógica e sensata seria encerrar tudo - e tenho certeza de que isso se aplica também a Roadie Crew, a poeira Zine, Whiplash e demais veículos musicais nacionais - com exceção, possivelmente, da Rolling Stone e da Billboard.

    Desculpem o desabafo, mas é o que eu penso!

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  19. Fabiano, escrevi meus comentários sem primeiro ler os seus, por isso desculpe.

    Acho que uma frase sua responde o questionamento do Daniel, e se aplica à atitude que eu tive com o Johnny também, de ligar para ele e a gente se resolver - que foi o que aconteceu:

    "Espero que vc se entenda com seu desafeto, porque eu não tenho nada a ver com seus problemas com ele e não tenho que herdar isso".

    Penso a mesma coisa. Já passou da hora das pessoas tomarem atitudes e resolverem o que está pendente. Se não querem fazer isso, ao menos não fiquem trazendo isso de volta à tona de tempos em tempos aqui na Collector´s.

    A comunidade da Collector´s no orkut não tem nada a ver comigo. Saí e passei para o Daniel, porque não acesso o site e acho o orkut um celeiro de picuinhas desnecessárias. Como já disse para o Daniel, acho que as diferenças devem ser resolvidas e pronto, portanto não quero ver esse assunto - que pensei que já estava encerrado, uma vez que eu entrei em contato com o Johnny Z e nós dois nos entendemos, que fique bem claro isso - de novo por aqui!

    Saco, pô!

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  20. Valeu Ricardo.
    Ta na hora mesmo de resolver esse problema. Já deixei outro recado na minha comunidade ontem reforçando o que eu já havia dito antes. Inclusive liberei a mesma para quem não é membro acompanhar o que está acontecendo.
    Espero mesmo que dessa vez tenhamos resolvido esse problema!

    ABS!

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  21. Ele me pediu para ser moderador da comunidade e fez um bom trabalho na organização da mesma.

    Infelizmente "organização" nesse caso quer dizer criar um monte de tópicos fixos e desestimular o livre fluxo de ideias, expulsando quem não se conforma a seu jeito de pensar. Podem notar que o cara até agora não respondeu à mensagem que o Fabiano deixou na comunidade. E provavelmente se o fizer vai dizer que eu sou um "agitador" e outras coisas mais. Mas tudo bem, não dá nada.

    Sim, eu fui um dos expulsos das comunidades de propriedade ou moderadas pelo dito cidadão.


    Ah, outra coisa: não queria ter que utilizar esse espaço para isso, mas parece que por outras vias não funciona. O Daniel citou que a direção da Roadie Crew entrou em contato com ele a respeito dos problemas com seu colaborador, e sei que o fez com mais um dos amigos daqui, o Jairo. Gostaria de saber, caso alguém da RC passe por aqui, se sou um leitor de segunda categoria, pois a mim sequer reponderam meus e-mails. Adquiro a revista sem falhar desde 2000, já participei ativamente da comunidade no orkut em outros tempos e tenho grande respeito por alguns de seus atuais e ex-redatores, por isso me decepcionei com o tratamento dispensado.

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  22. Esse espaço é destinado a comentários sobre a entrevista do Fabiano, EXCLUSIVAMENTE.

    Diogo, se você ou mais alguém tem problemas com a Roadie Crew, acesse o site da revista, escolha com quem você quer falar e entre em contato, mas aqui não é espaço pra isso.

    E parem de levar as coisas do Orkut tão a sério. Por favor, comprem umas cervejas geladas, levantem o som e vão viver a vida - existe muita coisa, muita coisa mesmo, além desse site nojento que se tornou o orkut.

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  23. Fabiano,

    Obrigado pelo "pedido de desculpas", fico contente que tenha entendido o que eu coloquei. Pedido mais que aceito. Inclusive, não sei se vc faz parte da nossa comunidade no orkut, mas está convidado. Tem muita gente bacana e o papo é sempre em alto nível.

    Não há nada de pessoal na briga ficticia inventada. O ponto é só ser justo. Se não há mais discussões e está tudo em paz, porque continuamos banidos? Entende?

    O que vc fez só vem de encontro ao que acredito que é todos se apoiarem. Obrigado pela postura!

    Sobre a entrevista, faltou você comentar sobre a minha questão do AXL.

    Refaço aqui, ele realmente é uma influência no seu estilo de cantar?

    Abraço

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  24. Fala Daniel,
    Eu gosto mesmo do Axl, ele é um lunático, nada justifica as besteiras que ele faz, mas me rendo ao talento dele. O cara tem tessitura de 4 oitavas e pelo menos 3 timbres totalmente distintos na sua voz. Eu acho um puta cantor de Rock. Não é todo dia que surge um cantor tão original assim. Tem muita gente que odeia, respeito todas as opiniões. Ele é uma influência sim, embora eu ache que meu canto é totalmente diferente do dele. Abraço.

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  25. Fabiano, meus parabens pela sua entrevista, nota 10!
    Fiquei mais feliz ainda qdo vc citou o Ray Gillen (Rip).
    Cheguei a ver no youtube uma versão sua em tributo ao Ray de In a Dream, do Voodoo Highway...juro que fiquei emocionado com aquela versão. Puro feeling.
    Já que vc é fã de sabbath, por favor comente as fases Gillen e Martin no Sabbath...até pq o seventh star e o Eternal idol ganharam versão deluxe =)
    grande abraço
    Thiago Reis

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  26. Obrigado Thiago.
    Eu fico até surpreso pelo retorno que esse video de In a dream me deu. Ray Gillen tem muitos fãs no mundo.
    Quando eu estiver com meus remasters do Eternal Idol e do Seventh Star (estão chegando) eu faço uma resenha legal e envio para o Coillector's. Embora eu considere as fases Hughes e Martin uma outra banda, gosto muito dos discos - menos o Forbiden, esse é só pra completar a coleção - e conheço pessoas que gostam mais dessa fase do que com Ozzy e Dio. Gostaria de convida-los a ouvir meus trabalhos autorais no Rei Lagarto www.reilagarto.com e meu CD solo que acabei de colocar no meu site oficial http://www.wix.com/fabianonegri/fabianonegri_pgtma Espero que gostem! Um abraço!!

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