Machine Head, o novo gigante

O topo do heavy metal é pouco propício a mudanças. Lá nas alturas, nas nuvens, acima de todos nós, estão há décadas as mesmas bandas: Black Sabbath, Ozzy Osbourne, Judas Priest, Iron Maiden e Metallica. Por mais que um novo grupo lance discos excelentes e conquiste cada vez mais o público, é muito difícil alcançar o status que esses cinco possuem.

É claro que existem diversas razões para esse reconhecimento. O Black Sabbath inventou o metal. Ozzy Osbourne, seu ex-vocalista, estourou nos Estados Unidos e se tornou maior que a banda ao lançar a sua carreira solo, durante a década de 80. Mais recentemente, com a série The Osbournes, deixou de ser visto somente como um cantor e se transformou em uma figura da cultura pop, chegando na casa de milhões de pessoas que nunca sequer haviam escutado os seus discos. 

O Judas Priest formatou o heavy metal como o conhecemos hoje em dia, afastando-o das raízes blues, acentuando o peso e acrescentando generosas doses de melodia na receita. Além disso, popularizou o uso do couro com tanhinas de metal, figurino esse inspirado no universo gay sadomasoquista, como ficou claro anos mais tarde, quando Rob Halford finalmente saiu do armário.

O Iron Maiden, alimentado pelo talento e pela disputa interna entre os geniais Steve Harris e Bruce Dickinson, elevou o metal ao status de arte com uma sequência assombrosa de álbuns. 

E o Metallica, ao unir a melodia e as influências neoclássicas da New Wave of British Heavy Metal – cena da qual o Iron Maiden era o principal nome – com a agressividade e urgência de bandas que flertavam abertamente com o punk – como o Motörhead – fez surgir o thrash, influenciando profundamente milhares de grupos e sendo responsável, ao lado do Slayer, pelo nascimento de uma sonoridade cada vez mais extrema, evidenciada em estilos como o death e o black metal. Além disso, o Metallica, uma banda inquieta por natureza, reinventou completamente o seu som no Black Album (1991), disco que teve uma aceitação comercial espetacular e transformou o grupo, em números absolutos, no maior nome da história do heavy metal.

O único nome que mostrou potencial para figurar ao lado desses gigantes foi o Pantera. O impacto do quarteto formado por Phil Anselmo, Dimebag Darrell, Rex Brown e Vinnie Paul na música pesada dos anos noventa é evidente e ainda pode ser sentido. Com álbuns excepcionais como Cowboys From Hell (1990), Vulgar Display of Power (1992) e Far Beyond Driven (1994), a banda reinventou o metal inserindo generosas doses de groove na mistura, resultando em um som que sacudiu, literalmente, a cena. Conflitos internos causados, principalmente, pela personalidade complexa e pelo comportamento errático de Anselmo, levaram à separação. O assassinato de Dimebag por um fã em pleno palco em 8 de dezembro de 2004 acabou com qualquer esperança de retorno.

Todas essas bandas têm como ponto em comum a presença de pelo menos um músico genial em suas fileiras, que puxou para si o controle e a responsabilidade pelo direcionamento musical seguido pelos demais. Tony Iommi era o maestro do Black Sabbath. Ozzy transborda carisma. A dupla K.K. Downing e Glenn Tipton elevou o trabalho da guitarra a um nível inédito no Judas Priest. A voz aguda de Rob Halford influenciou gerações. As composições de Steve Harris transformaram o Iron Maiden em uma lenda. A presença de palco, a voz e a interpretação teatral de Bruce Dickinson servem de parâmetro, até hoje, para qualquer vocalista de metal. Os riffs e as composições de James Hetfield dividiram a evolução do metal entre antes e depois do seu surgimento. E a guitarra sempre surpreendente de Dimebag transformou o Pantera em uma banda milhas a frente de tudo o que havia na época.


Pois bem. Algo similar a isso está acontecendo novamente, bem diante dos nossos olhos. O responsável por isso é Robb Flynn, vocalista, guitarrista e líder do grupo norte-americano Machine Head. No heavy metal atual, não existe nada igual à banda. Antes que os fãs do Mastodon se pronunciem, devo dizer que o trabalho do grupo também é interessantíssimo, porém explora caminhos sonoros que tem como principal característica alargar os limites do metal, usando para isso, principalmente, a total liberdade criativa que sempre marcou o rock progressivo. Já em relação ao Machine Head, a revolução se dá nas entranhas do heavy metal, retrabalhando os seus principais elementos de tal maneira que, ao emergir, traz consigo um som totalmente novo. É como se o Mastodon fosse as pernas e o Machine Head o coração dessa mudança. A diferença é que, enquanto o som do Mastodon exige um envolvimento maior do ouvinte para ser compreendido – e quando isso acontece o impacto sobre o ouvinte é acachapante -, isso não ocorre com o Machine Head. A força da música da banda de Robb Flynn é imediata e não dá opção para o ouvinte respirar.

Ao dar play em Unto the Locust, novo álbum do Machine Head, percebe-se instantaneamente que estamos ouvindo algo especial. A voz à capella de Robb Flynn introduz o clima sinistro de “I Am Hell”, que se desenvolve através de atordoantes riffs agressivos que culminam em uma belíssima passagem de guitarras gêmeas. Preste atenção como o riff extremamente grave que sustenta a canção até os dois minutos é tipicamente Hetfield e saiu direto do núcleo do Metallica.

Um dos pontos fortes de Unto the Locust são as belíssimas linhas vocais, que se desenvolvem em camadas crescentes, em uma espécie de emoção contínua que vai crescendo até atingir o seu ápice nos refrãos. A construção dessas linhas vocais é um exemplo perfeito do nível quase sobrenatural em que a banda está trabalhando agora. A inspiração ecoa, fazendo com que tudo brilhe como uma luz ofuscante, puxando todas as ideias para cima, para o alto, para o infinito e além.


Acredito que o heavy metal, como gênero, possui entre as suas principais qualidades a tradução quase literal das emoções mais básicas do ser humano. Em Unto the Locust isso fica claro como poucas vezes já ficou. As sete canções do disco são jornadas intensas e profundas ao interior de cada um de nós. O mergulho a que somos submetidos revela descobertas atordoantes de maneira sucessiva, e o resultado disso é que a audição do álbum se transforma em algo muito maior do que o ato de ouvir um disco. A sensação que essas músicas transmitem ultrapassa o simples entretenimento, a simples fuga, a simples diversão que, normalmente, buscamos ao colocar um CD para tocar. Unto the Locust é capaz de abrir novas dimensões, agindo de dentro para fora do ouvinte.

Na minha percepção, não existe um gênero musical mais apaixonante que o heavy metal. O poder que ele tem de arrancar o ouvinte de seu estado atual, de cooptá-lo imediatamente e sem deixar outra alternativa, é único. E isso se dá através de álbuns marcantes, que conseguem ir além do que, no final das contas, até os seus criadores imaginavam. A música sempre teve vida própria, desenvolvendo-se, muitas vezes, praticamente sozinha a partir do ponto inicial dado pelo instrumentista. O próprio Flynn reconheceu isso em entrevista, ao afirmar que após ouvir “This is the End”, a primeira canção finalizada de Unto the Locust, percebeu o nível altíssimo em que a banda estava atuando.

Esse poder é transmitido, literalmente, dos músicos para o ouvinte em Unto the Locust. Não há intermediários. Não há intervalos. Não há desvios. O disco funciona como uma força da natureza com vida própria, uma espécie de entidade poderosa que age direto no coração de quem o escuta. E, ao fazer isso, atordoa o ouvinte de tal maneira que, ao seu final, a sensação é física, com o corpo retesando, relaxando e sentindo as dinâmicas das canções.


A evolução do Machine Head é espantosa. De banda relativamente comum e com um ou outro atrativo, o grupo se transformou em protagonista de uma das evoluções mais intensas do heavy metal a partir do ótimo The Blackening, lançado em 2007. Porém, Unto the Locust consegue ir além, em um trabalho extraordinário que não encontra paralelo no metal atual. Quem ousaria gravar uma canção como “Darkness Within”, por exemplo, que começa somente com Flynn cantando a letra ao violão, numa espécie de Bob Dylan contemporâneo, para instantes depois desembocar em uma amálgama de thrash com hard rock que leva o ouvinte direto ao Black Album? – sim, novamente o Metallica. E o que dizer de “Who We Are”, faixa que encerro o disco? O coro de crianças cantando o refrão é arrepiante, em uma melodia ao mesmo tempo simples e macabra, que fica ainda mais maléfica ao contrastar com as inocentes vozes infantis.

A minha jornada como fã de música já me levou a diversos lugares. Tive contato e me apaixonei por diversos sons e artistas ao longo da vida. Beatles, Led Zeppelin, Wilco, Coldplay, Miles Davis, são elementos que me formaram e continuam influenciando a minha maneira de ouvir música. Porém, o meu porto seguro sempre foi o heavy metal. Foi ele que trouxe para o meu cotidiano o Black Sabbath, o Iron Maiden, o Metallica e mais um monte de outras bandas que estão incrustadas em meus poros. Porém, o que eu senti ao ouvir The Blackening lá em 2007 – e que me fez escrever isso sobre o disco - foi incrivelmente amplificado com Unto the Locust. Esse álbum tem a capacidade de reafirmar, com todas as letras, o quanto o heavy metal é único, belo e apaixonante.

Desde o surgimento do Pantera o metal não era abençoado com algo tão incrível como o Machine Head. Com o seu novo trabalho, a banda escreve o seu nome como principal pretendente ao Olimpo do gênero, ao lado dos citados Black Sabbath, Ozzy, Judas Priest, Iron Maiden e Metallica.

Nasceu um novo gigante, e o seu nome é Machine Head!

Por Ricardo Seelig

(texto publicado originalmente em outubro de 2011)

Comentários

  1. Excelente texto! Discaço mesmo, fudido!!!

    Uma boa análise. E fico esperando ver nascer um novo "deus" - da minha geração - para adentrar no olimpo intocável, do Heavy Metal, até então. Estou no aguardo da minha versão deluxe desse álbum, mas essa greve dos correios não acaba nunca né?! ¬¬'

    Na esperança de matérias assim, que acesso o Collectors Room todos os dias! Por favor, continue com posts desse nível! Grande abraço Seelig.

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  2. Obrigado pelo comentário e pelos elogios, João. Conciliar o tempo entre o trabalho normal e o blog às vezes é difícil, mas sempre procuro escrever matérias interessantes.

    Abraço.

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  3. Realmente, o Machine Head tah avacalhando!! Só acho, Ricardo, difícil alguma banda nova alcançar o status de gigante de público, lotando estádios, etc... apesar de o Machine Head merecer isso mesmo, é uma pena que não sei se o reconhecimento vai vir como eles merecem...
    Aí vai uma questão que não sei responder : imaginem o metallica ou o maiden nos dias de HOJE lançando os álbuns que os consagraram... eles teriam o mesmo sucesso?

    Abraço!!! Long Live MH!!

    Ah, meu ingresso pro dia 14 tá comprado!!

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  4. A internet acabou facilitando o acesso a todo tipo de musica, mas matou os futuros grandes astros, em qualquer estilo. Tudo é muito pulverizado entre várias bandas hoje. Ate os festivais europeus tem sofrido com a falta de headliners que atraiam o grande público. Esse é o lado ruim da coisa...

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  5. O acesso à informação ficou mais fácil, e isso é uma benção. Porém, é preciso filtrar, separar o joio do trigo, e isso, às vezes, é difícil.

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  6. Com certeza, Ricardo. Até porque, com tanta opção disponível hoje, esse filtro se faz necessário mesmo. No mais, tomara que o Machine Head vire mesmo um gigante, eles e outras bandas não só de Heavy Metal, mas do Rock de uma forma geral. Muito bom o texto!

    Abraço!!

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  7. Bravo, Ricardo. Vivo enchendo o saco dos meus amigos que só escutam coisas antigas pra darem uma chance ao Machine Head. Tá na hora dos caras serem reconhecidos como gigantes do metal, coisa que só acontece na Inglaterra. Junto com Mastodon, Slipknot e System Of A Down, são o Big 4 do metal atual.

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  8. Excelente análise sobre a banda. É assim mesmo que me sinto "Tive contato e me apaixonei por diversos sons e artistas ao longo da vida(...)Porém, o meu porto seguro sempre foi o heavy metal".

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  9. Monstruosa essa resenha.. muito boa mesmo, não concordei com alguns pontos mas isso é normal se tratando de arte, cada um tem um ponto de vista. O Machine Head tem tudo para ocupar a lacuna deixada pelo Pantera, e ainda adicionando um pouco da geração atual do metal nos ingredientes. Gostaria de ver um dia alguma resenha do Opeth aqui, outra das bandas de destaque na minha opinião, claro que de uma maneira diferente do MH.

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Resenha foda! Disco foda! Comentários foda!

    É bom lembrar que precisamos de bandas para lotar os estádios como dito na resenha.... Motörhead, Metallica, AC/DC, Maiden, Sepultura, entre outras, não terão o mesmo pique até o fim da vida.. Alguém precisa dar continuidade ao ciclo da vida.

    Precisamos de sangue novo como o Machine Head!!

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  12. O Machine Head vem esmerilhando mesmo. Os dois últimos discos, então, meu deus! Não há como ignorar o talento dos caras e a ambição demonstrada em suas faixas. Não trata-se apenas de uma banda tocando música para se divertir e entreter, há um objetivo muito maior, é algo que está marcando época. Mas acredito que infelizmente ainda falta algo para que o grupo reclame o status de gigante, e isso não é culpa do quarteto, e sim da época na qual vivemos: trata-se do sucesso comercial transcendendo o rock pesado e atingindo audiências maiores, caso dos citados no primeiro parágrafo e do Pantera.

    Uma banda que, ao menos para mim, desde o seu terceiro álbum tem cacife maior para tomar tal posto é o Rammstein. Infelizmente o sexteto berlinense tem um grande "problema" que acredito ser o maior fator limitante para tingir tal status mundialmente: o fato de não ser norte-americano, o que implica em uma dificuldade muito maior de conquistar o maior mercado do mundo, algo que consequentemente elevaria ainda mais seu status mundial, especialmente nos países mais periféricos.

    Outra banda que acredito estar mais próxima dessa realidade é o Slipknot. Há dez anos, quando conheci o grupo, jamais pensei que diria isso, mas a repercussão comercial de seus álbuns e a constatação de quão grande é sua base de fãs, unida às suas performances e ao bom repertório, a transformam em uma força que não pode ser ignorada.

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  13. Belo texto!

    Po eu ainda não ouvi esse disco!

    O Metal está necessitando de uma banda de referencia uma renovação .

    Das novas banda eu tenho curtido as bandas que se referenciam nos anos 70 e 80 , como o Grand Magus, eu já cansei de Death ,, um pouco repetitivo

    vou ouvir !! sim !!

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  14. Já temos um gigante o S.O.A.D quem estava lá na Chácara do Jóckey no dia 01/10 sabe do que eu estou falando...

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  15. Tenho orgulho de dizer que ouço Machine Head desde os meus 14 anos, isso em 1995. Gastei minha fita K7 do The More Things Change... e nunca abandonei a banda. Machine Head é "a" banda.

    Sexta-Feira próxima será o dia mais incrível que vivi em 30 anos.

    Machine Head!!!

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  16. Na minha opinião existem várias bandas com som melhor que as citadas no artigo, não desmerecendo o bom som do Machine Head, mas um album que gostei pra caramba foi o novo album do Black Tide , intitulado "Post Mortem" , pra quem gosta de Heavy/Power é recomendadíssimo!

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  17. White, o primeiro disco do Black Tide é bem legal, porém esse segundo é muito ruim. Escrevi sobre ele na nova Roadie Crew, e dei nota 4.

    Abraço, e obrigado pelo comentário.

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    1. Eu particularmente não gostei dessa banda! O Machine Head está anos luz na frente dessa banda !

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  18. E domingo tem show do Sepultura com o Machine Head, com direito a promoção no peixe urbano e tudo mais!! Fui obrigado a aproveitar...hehehe

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  19. Uma outra banda que toca heavy metal/southern rock e que eu gosto bastante é Black Stone Cherry, esses sim são novos e tem muito talento!

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  20. Já dizia um filósofo: "Gosto é que nem bunda cada um têm a sua" , como podemos ver aí em cima o amigo White curtiu o novo do Black Tide, que realmente nem crítica e nem grande parte dos ouvintes gostou. Isso acontece comigo as vezes albúms que são considerados "porcarias" tanto por fãs como críticios eu curto bastante, e na contramão há discos e até artistas considerados clássicos que não me descem bem; eu por exemplo não consigo curtir Beatles, por mais Importantes e Essenciais que sejam eu não curto. Em minha discografia básica cabe muito mais um disco do Torture Squad do que um dos Beatles. Eu sei que esse comentário não tem muito á ver com o post sobre o Machine Head, mas é que eu achei interessante o cara ter curtido esse novo do Black Tide a ponto de considera-lo melhor do que o Unto Locust. Ainda em tempo acho que Unto Locust é o melhor albúm do ano junto com Worship Music do Anthrax e The World is Yours do Motorhead, e tem mais de 2008 p/cá é como se estivessemos vivendo os anos 80 novamente em termos de musica pesada Heavy Metal, são muitos os bons lançamentos, que acredito que se tornarão clássicos com o passar dos anos. E ainda acredito que o ultimo gigante que surgiu no Heavy mundial foi o S.O.A.D, é uma banda que construiu uma base de fãs sólida e digo isso como fã e pelo que presenciei no show deles aqui em Sampa, a galera foi a loucura como vai em shows de Gigantes como Ozzy e Iron Maiden. Não sei se o machine vá chegar nesse pátamar, acho que eles tão mais para o nível do Slayer, que têm fãs muito fiéis verdadeiros fanáticos pela banda e uma carreira firme e sem "tropeços", mas que não chega a tocar em estádios e arenas, como ocorre com o Metallica por exemplo, sei que é uma comparação meio tosca a que vou fazer mas acho que é mais ou menos assim: S.O.A.D = Metallica,Iron Maiden,Ozzy e Machine Head = Slayer, Megadeth, DIO

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  21. Perfeito o comentário do agito. Definitivamente de 2008 para cá estamos vivendo uma fase de grandes lançamentos tanto de bandas novas (One man Army 2008) como mais clássicas (Accept que mitou em 2010).

    Até agora os melhores discos que ouvi em 2011 são os do Artillery, Anthrax, Arch enemy, Trivium, Whitesnake, Evergrey e o Machine Head.

    Aguardo o lançamento de outros.

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  22. caro amigo Agito, creio que temos a mesma maneira de gostar de bandas heeuheuhe, afinal de contas tambem há grandes bandas classicas do metal e que não me agradam muito não. Vou citar abaixo alguns álbuns que me agradaram bastante nesse ano de 2011 que pra mim está sendo um grande ano e com muitos lançamentos bons:

    Logical Terror - Almost Human (industrial)
    Burn Halo - Up From The Ashes (alternative / hard rock)
    mastodon - the hunter (progressive)
    nightrage - isidious (melodic death metal)
    stemm - cross roads (groove metal)
    threat signal - threat signal (melodic death metal)
    noctem - oblivion (melodic death metal)
    textures - dualism (progressive/technical death/groove/metalcore/experimental)
    fleshgod apocalypse - agony (symphonic death metal)
    trivium - in waves (metalcore)
    chthonic - takao (melodic black metal)
    decapitated - carnival is forever (technical death metal)
    in dread response - embers in the spiritless void (melodic death metal)
    shinning - vodd forlorare (black metal)
    unearth - darkness in the light (melodic death metal)
    the black dahlia murder - ritual (melodic death metal)
    in flames - sounds of a playground fading (melodic death/ modern)
    pain - you only live twice (industrial)
    black label society - the song remains not the same (hard rock)
    amorphis - the beginning of times (progressive)
    devin townsend project - deconstruction (progressive/experimental)
    scar symmetry - the unseen empire (melodic death metal)
    septic flesh - the great mass (atmospheric death metal)
    norther - circle regenerated (melodic death metal)
    demonaz - march of the norse (black metal/heavy)
    suidakra - book of dowth (melodic death metal)
    amon amarth - surtur rising (melodic death metal)
    korpiklaani - ukon wacka (folk metal)
    sparzanza - folie a cinq (stoner rock)
    protest the hero - scurrilous (progressive/mathcore)
    before the dawn - deathstar rising (melodic death metal)
    mercenary - metamorphosis (melodic death metal)
    evergrey - glorious collision (progressive/heavy)
    mygrain - mygrain (melodic death metal)
    omnium gatherum - new world shadows (melodic death metal)
    motorhead - the world is yours (rock and roll)

    Bom, como viram acima, eu não escuto muitas bandas 'famosas' por assim dizer, mas creio que o pessoal deve conhecer algumas rsrsrss. Pra finalizar , deixo uma dica de album pra quem curte avant-garde/progressive , é um album de 2009 da banda 'Waltari' , o album chama: Waltari - Below Zero , estou recomendando porque esse é um dos poucos albuns que gostei de TODAS as músicas! Desculpem se a postagem ficou muito grande , mas eu precisava compartilhar esses lançamentos com o pessoal ehhehe, espero que se sintam à vontade para ouvir esses lançamentos e poder conhecer 'coisas novas'.

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  23. O Machine Head poderia ter se tornado grande bem antes desses ultimos 3 discos, mas vacilou ( e muito ) ao entrar na "modinha nu metal" com o disco "Supercharger". O resultado foi extremamente negativo. Mas antes tarde do que nunca. Espero que continuem fazendo um som honesto e extremamente pesado!

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  24. Para mim o Machine Head não passa de uma boa banda, nada mais...Podemos dizer que a banda é um imenso sucesso de crítica, quanto ao sucesso de público ele vai sempre ficar no nivel médio que o grupo do Flynn ocupa hoje. Aposto com quem quiser que o Machine Head nunca será um medalhão do estilo, o grupo não tem cacife para isso.

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  25. Ótimo texto. Pra mim, o Machine Head tem qualidade o suficiente para conseguir chegar ao topo, mas infelizmente ainda existem muitos fãs de Metal preconceituosos e de mente fechada que não reconhecessem isso, pensando que só os antigos e clássicos são o que presta e nada mais. É a única coisa que os impede de serem "gigantes" no momento: reconhecimento geral por parte dos fãs do gênero. Quem sabe, num futuro próximo, isso possa acontecer...

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  26. O texto é ótimo, mas é um exagero dizer que o Machine Head é um gigante do heavy metal eu conheço a banda desde o primeiro álbum e sempre soube que os caras tinham algo diferente para mostrar.

    Agora o Black Sabbath,o Metallica, Led Zeppelin e o Judas Priest eles se tornaram gigantes porque eles criaram nos seus fãs um laço de muito forte de empatia, ou seja, as pessoas se identificavam com eles e os escolheram como seus representante por aquilo que eles cantavam e como cantavam também.

    O Pantera sempre foi uma grande banda e em relação aos álbuns citados como os melhores eu também concordo, mas só acho que o Reiventing the Steel (2000) é outro que figura tranquilamente ao lado dos citados e embora eu goste da banda e tenha o material completo nunca vi neles um gigante do metal, mas foram uma banda que assim como as da década de 1970, trouxeram algo a cena.

    Hoje o cenário da música industrial não dá mais espaço para você criar esses gigantes hoje é tudo muito efêmero, ou seja, são investimentos altos para retornos monstruosos rápidos também e para daqui a pouco surgir outra modinha e segue esse ciclo.

    E os gigantes e a sua relação com o público é enorme e foi construída a longo prazo o fato é que bandas como Iron Maiden e as outras já citadas gozam da reputação que tem atualmente e ainda vendem muitos discos e lotam seus shows.

    Ou seja esses caras representaram a juventude de uma época e isso não acontece mais e na minha opinião para termos gigantes e para o Machine Head ser um deles é necessário criar laços para que eles alcancem esse status é necessário criar a necessidade no fã e não colocar a música como apenas mais um meio disponível de diversão que é simplesmente passageiro e que a qualquer momento ele pode ir lá que ela estará esperando por ele

    Se fosse assim nenhuma das bandas gigantes teria feito a carreira que fez. E outra o artista tem que se manter fiel a sua proposta coisa que o Machine Head nem sempre fez os dois primeiros álbuns foram excelentes depois foram para o new metal e depois saíram de lá criaram o clássico Unto the Locust e espero que eles se tornem gigantes tanto a música quanto a indústria fonográfica precisam disso, mas para isso acontecer eles tem que fazer o mesmo que ops gigantes fizeram nos seus anos dourados.

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  27. Sempre fui fã doente dos 2 primeiros discos do Machine Head, por achar que eles traziam coisas novas para o Metal...

    Só que aí a bana começou a flertar com o new metal e com qualquer "modinha do metal" (sempre tem uma modinha em voga no Metal) e eu fui perdendo o interesse...

    Só que eu resolvi ir no show deles aqui no Brasil pra conferir...

    Além de ter sido um fracasso de público (não tinha 2 mil pessoas e podia-se chegar na primeira fila sem nenhuma força ou empurrão) foi o pior show que vi na vida!

    O som tinha a pior qualidade que ja presenciei em uma banda profissional. Tudo embolado o show inteiro! Fora isso, deu pra ver o quão "wannabes" os músicos do MH são, cheios de poses pro publico, porém sem olhar par ao publico, de fato. Tipo, carisma Zero! E fazer pose tbm e coisa de banda glam, não de thrash, né? Convenhamos...

    Digo isso, pois fiquei a menos de 1m do Flynn nesse show. Olhei ele nos olhos, praticamente...rs... Mas saí de lá com uma banda a menos na minha cabeceira... Um decepção total!

    O disco UTL pode até ser lindo, mas a banda ainda tem que comer mto arroz e feijão pra figurar no Olimpo do Metal.

    Aliás, acho que eles nunca chegarão nesse Olimpo... Pelo menos não com essa postura que eu vi a menos de 1m de distância no show no Via Funchal...

    Leo Dias

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  28. Excelente materia , mas não simplifique que foi apenas Black Sabbath que criou o Metal , ele foi um dos que são precursores do Metal , abraços

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  29. Que texto maravilhoso !
    Até me emocionei , na época deste disco tinha apenas 15 anos , e não tenho dúvidas que á coisa mais incrivel que ouvi na minha vida . Nunca um disco causou um impacto tão grande em mim como esse. Você discreveu perfeitamente, a senssação é física é algo que transsende o simples sentido auditivo.

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