Estamos em 2012, e não em 1980


Nos tempos de hoje, com a internet e as redes sociais assumindo um papel cada vez maior na vida das pessoas, gerando facilidades e abrindo um universo de possibilidades a cada clique, muitos se perguntam qual o papel que a imprensa musical e o crítico de música ainda possuem. Afinal, o que não faltam são sites e blogs - como a própria Collector's Room, por exemplo -, onde gente comum, que nunca teria chance de expor a sua opinião de forma tão abrangente em revistas especializadas antes do advento da internet, tecem os seus comentários sobre os mais variados assuntos dentro da música.

Em relação ao heavy metal, isso se verifica de maneira mais forte ainda. O fã de metal sempre foi, tradicionalmente, mais crítico e opinativo em relação aos seus ídolos do que os apreciadores de outros estilos. Isso vem da dedicação extrema, da paixão descontrolada que alimenta desde adolescentes de 15 anos até adultos beirando os 60, em todo o mundo. O headbanger sempre possui uma opinião sobre qualquer coisa que lhe for perguntada sobre as suas bandas favoritas, desde o que achou do último álbum até o que pensa sobre as roupas que os seus ídolos vestem.

Nesse cenário, o papel da crítica musical, das revistas de música, é bem diferente do que era há vinte, trinta anos atrás. Naquela época, só para citar um exemplo, um disco chegava antes na redação das publicações em apetitosos press kits, e a opinião do jornalista tinha um peso gigantesco, afinal ele estava escrevendo não apenas sobre um álbum que ele foi um dos poucos a ouvir em primeira mão, mas, sobretudo, sobre um trabalho que o mundo todo não via a hora de escutar. Se ele fosse influente e falasse bem, isso fazia uma diferença enorme. E, se ele falasse mal, o estrago seria praticamente irreparável.

Hoje, quando um crítico musical escreve sobre um disco, seja para uma revista, um site ou um blog, ele está expondo a sua opinião de maneira quase simultânea à que a opinião de milhões de fãs é formada, já que o acesso à novidade, tanto por parte de quem analisa quanto de quem consome música, acontece praticamente ao mesmo tempo. 

Então o papel do crítico musical, da imprensa musical, acabou? Não, muito pelo contrário. Em um mundo como o de hoje, onde o acesso a tudo que se é desejado é muito mais fácil, mais do que nunca o papel da imprensa musical de qualidade é importante, pois ela indica os caminhos, separa o joio do trigo, mostra quem está fazendo a diferença.

Nesse ponto, chegamos ao assunto desse texto: o cenário brasileiro de heavy metal, do qual eu e você fazemos parte. As regras do estilo aqui no Brasil, a maneira como o brasileiro consome e entende o heavy metal, foram construídas durante os anos oitenta através de publicações como a Metal e, principalmente, a Rock Brigade. Aqui em nosso país, a propagação dos pensamentos conservadores dos redatores da Brigade, a popularização da forma como a maioria deles pensava, fez nascer uma geração que acredita piamente que o heavy metal se resume, em grande parte, ao power metal - ou metal melódico - de nomes como Helloween, Angra e afins. É por isso que, em nenhum outro lugar do mundo, o estilo ainda teima em sobreviver mesmo estando moribundo há, no mínimo, uma década. E é por isso também, por esse pensamento conservador vendido como verdade inquestionável, que qualquer inovação nas "regras" do heavy metal - e desde quando um gênero musical deve ter regras, já que a música serve para expressar as emoções dos seus criadores? - é, invariavelmente, vista com maus olhos pelo fã brasileiro de metal.

Uma geração que cresceu acreditando que cantar bem era cantar como Michael Kiske. Uma geração que cresceu acreditando que tocar guitarra bem era tocar como Yngwie Malmsteen. Uma geração que cresceu acreditando que deveria se vestir de couro da cabeça aos pés como o Manowar, mesmo vivendo em um país tropical com temperaturas acima dos 40 graus. Uma geração que renegou o maior nome do estilo surgido em nosso país em todos os tempos, o Sepultura, devido às inovações que a banda inseriu em sua música, inovações essas que a fizeram uma das mais respeitadas e influentes bandas de heavy metal em todo mundo.

Hoje, o cenário heavy metal brasileiro é dominado por uma geração de headbangers que, em sua maioria, mantém a cabeça fechada à qualquer novidade e idolatra tudo o que era feito nos anos oitenta como a oitava maravilha do mundo. Aqui, o metal se resume, para a grande maioria dos fãs, a nomes como Black Sabbath, Iron Maiden, Metallica, Slayer, Helloween e Blind Guardian - isso sem falar do onipresente Guns N' Roses, que nem metal é mas parece estar no cromossomo de cada fã de rock nascido em nosso país. E a culpa disso não é somente da finada Rock Brigade, mas também dos principais veículos de imprensa dedicados ao metal aqui no Brasil.

O Whiplash, site com o qual colaboro desde 2004, é um poço de tradicionalismo, focado em grande parte em notícias sobre o Guns N' Roses (até um redator praticamente exclusivo para a banda o site possui, o tal de Nacho Belgrande), Iron Maiden e Metallica. Os leitores do site, por sua vez, esbanjam radicalismo e posições intolerantes nos já famosos comentários dos fóruns, chegando até a defender o espancamento e assassinato de emos (sim, é verdade, leia aqui). Criado pelo genial João Paulo Andrade, um programador excelente, e editado por ele e pelo gente boa Marcos A. M. Cruz, o Whiplash, apesar dos defeitos apontados, é o principal veículo online dedicado ao rock e metal em nosso país. Apesar de não concordar com algumas decisões e direcionamentos tomados pelo site ao longo dos anos, respeito a sua história e vou seguir enviando as minhas colaborações para lá, porque, se eu quero realmente mudar alguma coisa, é preciso expressar as minhas opiniões para a gigantesca audiência do Whiplash.

A Roadie Crew, a principal revista de classic rock e heavy metal do Brasil, é uma publicação de inegável qualidade mas também um poço de tradicionalismo, variando capas entre os nomes mais consagrados do gênero - e que, devido a tudo o que este texto já expôs, é o que a maioria dos leitores querem ler mesmo -, ousando pouco em sua linha editorial. Apesar de nos últimos meses ter dado destaque a bandas inovadoras como o Machine Head e Lamb of God, está atrasada em vários aspectos, e o mais evidente é o culto desmedido ao que foi feito no passado e o desprezo ao que está sendo produzido agora. Sabe o Trivium? Pois é, os norte-americanos já estão na estrada há bastante tempo, já gravaram cinco discos e são uma das melhores bandas em atividade no cenário metálico mundial há um bom tempo. Mas, é claro, não ganharam ainda uma capa da Roadie Crew. O mesmo acontece com nomes como Slipknot, Mastodon, Opeth e Ghost, só pra ficar nas mais óbvias. Porque o Korn não aparece nas páginas da revista? Porque o System of a Down não aparece nas páginas da revista? Sim, essas duas bandas são heavy metal, mas, para um público leitor que cresceu imaginando que o estilo era sinônimo de vozes agudas, melodias onipresentes e letras sobre dragões - e, ao que parece, os editores da revista pensam a mesma coisa -, não existe nada mais antagônico ao metal do que a influência de rap do Korn e o flerte com o rock alternativo do System of a Down.

E esse pensamento vai além, chegando, é claro, até os músicos. Só em um país com esse background é que um cara como Thiago Bianchi, vocalista do Shaman, poderia se criar. Um brutamontes bombado com voz de castrato italiano e um ego maior que o de Lars Ulrich, que posa de porta-voz do gênero através de ideias "geniais" dignas de uma criança de 5 anos, como a criação do Dia do Metal Nacional. Ou Edu Falaschi, o vocalista do Angra (ou seria ex-vocalista?), um indivíduo incapaz de enxergar através do próprio umbigo, que passou vergonha em rede nacional com uma performance ridícula transmitida ao vivo para todo o país na última edição do Rock in Rio, mas que prefere dar piti e mandar os fãs tomarem naquele lugar por preferirem as bandas gringas ao invés do trabalho genial seu grupo, que há tempos dá voltas em torno do rabo e não sai do lugar.

O Brasil se orgulha de ter um dos maiores públicos de heavy metal em todo o mundo, e realmente o possui. Mas esse público precisa enxergar além, e o papel da imprensa especializada é fundamental para isso. Não dá para entregar apenas o que o fã quer ler, é preciso desafiá-lo, apresentar coisas novas, confrontar o leitor. Se uma mesma edição tem uma entrevista com o Iron Maiden e uma com o Mastodon, coloque o Mastodon na capa. Se uma mesma edição traz matérias com o Slayer e com o Asking Alexandria, dê destaque maior para o segundo. Esse é o papel da imprensa: dar voz, apresentar novas possibilidades, legitimar o que vem das ruas. É preciso apoiar as bandas novas, porque as antigas, apesar de estarem em nossos corações e fazerem parte de nossas vidas, não vão estar aí para sempre.

Vamos deixar para trás o culto ao tradicionalismo. Vamos olhar para frente. Todas essas bandas que você idolatra hoje em dia - Sabbath, Maiden, Judas, Metallica, Slayer, Megadeth, Anthrax, Pantera -, só conseguiram se destacar das demais porque foram inovadoras e ousadas. Se não fosse assim, estariam no mesmo caldeirão das dezenas de grupos esquecidos da NWOBHM e do thrash metal, cultuados apenas em seus próprios guetos. É preciso enxergar e valorizar a revolução que está sendo feita agora, neste exato momento, por bandas como o Mastodon, que estão virando o metal de cabeça pra baixo mas aqui, em nosso país, ainda são vistas por grande parte dos fãs de música pesada com má vontade. O mesmo vale para o Slipknot, para o Machine Head e para dezenas de outros grupos. 

Os veículos de imprensa precisam ter um compromisso com o que está sendo produzido agora, e não apenas com o passado. É preciso equilibrar o espaço dado aos gigantes do estilo - espaço merecido, diga-se de passagem -, com uma abertura maior para novos grupos. O metal deve a sua história aos ícones do gênero, mas ela não se resume somente a eles. Unto the Locust é um disco tão importante quanto Master of Puppets, assim como In Waves é o Powerslave de uma geração e The Hunter o Sabbath Bloody Sabbath dos anos 2000.

A Collector´s Room vem passando por uma transformação nos últimos meses. A linha editorial do site está mais focada no heavy metal, e, além disso, estamos dando um espaço muito maior para novas bandas, seja através da série As Novas Caras do Metal, que vem obtendo uma audiência e uma repercussão fantásticas, ou através de matérias com nomes nada óbvios que pintam por aqui. Essa tendência se intensificará ainda mais, fazendo com que o novo divida espaço, em igualdade, com os nomes clássicos do estilo. É assim que a gente enxerga e entende o heavy metal, e, pelo apoio que temos recebido, é assim que um grande número de pessoas também consome o estilo. Mas queremos que essa postura se intensifique também em outros veículos, fazendo com os headbangers brasileiros, que são um dos públicos mais apaixonados do mundo, tenham uma postura mais "open mind" em relação ao heavy metal, consumindo a música fantástica que está sendo feita hoje em dia com o mesmo apetite que consomem o que foi feito no passado.

Afinal, estamos em 2012, e não em 1980.

Comentários

  1. Achei excelente sua matéria, discordo em pequenos pontos, mas acho que você falou muitas verdades, e muitos fatos, sempre omitidos na cena. Como por exemplo, a defasagem do metal melódico e o fato de muitos bangers brazucas ainda viverem disso. Esse é também um dos motivos pelo qual a maioria das bandas nacionais, com excessão de Krisium, Torture Squad e o legendário Sepultura, não fazem sucesso em outros países.

    Também acho que as revistas e sites de metal no geral tem sempre trazido mesmice para os leitores, com tanta banda boa surgindo por aí.

    Acho que dá pra achar um balanco e unir o novo ao clssico.

    Parabéns, essa foi uma das melhores matérias que li em alguns anos!

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  2. Caramba, curti muito o texto. Já pensava nesse culto ao tradicional há tempos, há o bullying heavy metal com as pessoas que não se rendem a ele também, mas quem têm outros pensamentos vai se enturmando assim mesmo e difundindo as suas ideias. Mesmo que leve "uma vida", não há como não achar alguém que pense parecido e mostrar sua opinião de alguma forma.

    Parabéns pelo texto, muito inspirador.
    Claro que muita gente gosta das bandas consagradas, mas ficar com uma rédea e a visão em uma só direção como cavalos enfeitados do metal, não dá, nunca teremos o espaço que queremos como headbangers e apreciadores de boa música se fizermos praticamente igual às pessoas que falam mal desse estilo musical (metal).

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  3. Excelente texto, Ricardo! Discordo em alguns pontos (não acho o Locust do Machine Head tudo isso), mas concordo com seu ponto de vista sobre a saturação dos fãs nacionais.

    No caso das revistas, é o eterno dilema entre o "ter de vender" ou "tentar inovar". Uma capa do Iron Maiden, em um primeiro momento vai vender muito mais que uma do Ghost, mas, conforme os paradigmas são quebrados, a revista pode ousar cada vez mais, basta um primeiro passo.

    Um abraço

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  4. Arregimentou mais um fã... perfeito texto, amigo... eu sou fã de Megadeath, Iron... mas tb era fã louco do Sex Pistols... e hoje... uma banda que eu to curtindo pacaraío... é o Slipknot... os caras tão mandando ver... e inovando muito... Parabéns pela matéria... perfeita, do início ao fim... e retrata exatamente o que eu penso... e não discordo nem de vírgula colocada no lugar errado...

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  5. Parabens Ricardo!! gosto muito dos seus texto, tanto os do Whiplash! e os da Roadie Crew, porem so discordo referente ao Machine Head. O novo disco deles é bom, mas não é essa Brastemp toda( q ate vc deu nota 10 na resenha da Roadie Crew) e referente ao Mastodon digo q ha uma grande má vontade de conhecer a obra da banda por parte do publico deste nosso país. No mais obrigado pelo espaço!!

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  6. Caro Ricardo, gosto muito do seu blog justamente porque tenho conhecido ótimas bandas através dele. Parabéns pelo trabalho e espero que você mantenha essa linha inovadora!

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  7. Muito bom, Ricardo. Pegou meio pesado ao dar nome a alguns bois, algo talvez desnecessário (eles iam ficar brabos igual com tua opinião rsrs). Mas, quer saber: foda-se, os citados não são donos do metal, longe disso. Assim, teu politicamente incorreto é bem-vindo.

    Abriu mais também a minha cabeça, colorado. valeu

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  8. "O metal deve a sua história aos ícones do gênero, mas ela não se resume somente a eles."
    THIS.

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  9. Na boa , que assunto irrelevante................

    Seculo 21 , expansão do universo, coisa e tal

    Radicalismo no Heavy Metal é o fim da picada, parece papo de 1985...........

    ResponderExcluir
  10. Ricardo, boas !

    Curto muito seus textos, voce ao lado do Bento Araújo são os melhores , ( minha modesta opinião)

    Mas,,,na boa , que assunto irrelevante................

    Seculo 21 , expansão do universo, coisa e tal

    Radicalismo no Heavy Metal é o fim da picada, parece papo de 1985...........

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  11. Ricardo, boas !

    Curto muito seus textos, voce ao lado do Bento Araújo são os melhores , ( minha modesta opinião)

    Mas,,,na boa , que assunto irrelevante................

    Seculo 21 , expansão do universo, coisa e tal

    Radicalismo no Heavy Metal é o fim da picada, parece papo de 1985...........

    Turn the page!

    sds
    Roger

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  12. Ricardo, boas !

    Curto muito seus textos, voce ao lado do Bento Araújo são os melhores , ( minha modesta opinião)

    Mas,,,na boa , que assunto irrelevante................

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    sds
    Roger

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  13. Ricardo, boas !

    Curto muito seus textos, voce ao lado do Bento Araújo são os melhores , ( minha modesta opinião)

    Mas,,,na boa , que assunto irrelevante................

    Seculo 21 , expansão do universo, coisa e tal

    Radicalismo no Heavy Metal é o fim da picada, parece papo de 1985...........

    Turn the page!

    sds
    Roger

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  14. Esse artigo é definitivamente um dos melhores que eu já li sobre o tema e algo que já está favoritado pra mostrar pra alguém sempre que eu tiver a oportunidade.

    O Brasil realmente é um país que parece ter parado no tempo, acomodado no seu status quo , e como você disse, é algo tanto pela grande mídia especializada quanto pelos fãs (que invariavelmente acaba criando um ciclo vicioso). Longe de dizer que a Roadie Crew e Whiplash não merecem o reconhecimento, o que seria hipocrisia pois sou consumidor ferrenho de ambas, mas o foco nas bandas clássicas é algo que sempre incomodou (por mais justificável que seja ao enxergarmos como um negócio).

    Outro bom exemplo é o Metal Open Air. Sim, é o tão sonhado festival destinado ao Metal no Brasil, mas que focou em trazer apenas as bandas que estão por aqui todo ano (com exceção do Annihilator) para os palcos principais, e jogou as do "segundo escalão" para outro plano, sem contar os novos grandes nomes do Metal atual que ficaram de fora.

    Fazendo um paralelo com a situação do Metal, situação parecida a gente pode ver com os fãs do Progressivo (que são aqueles que mais tenho contato nos últimos anos): um estilo que preza pelo improviso livre, a liberdade musical e a sua exploração nos mais diversos níveis, não consegue aceitar uma banda que, por exemplo, se utiliza de vocais guturais na sua música. Chega a ser contraditório.

    O Brasil (principalmente o Nordeste e o Sul) é uma fonte incrível de Rock e Metal Progressivo, assim como a Suécia e os Estados Unidos nas duas últimas décadas. E mesmo assim, as pessoas continuam presas somente àquilo feito na década de setenta.

    Enfim, peço desculpas pelo comentário exagerado, mas essa acomodação por parte dos que tem a mente mais fechada é algo realmente incomodo em alguns momentos.

    E novamente, parabéns pelo texto e pelo Collector's Room!

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  15. Ricardo,

    Mais uma vez, seu texto diz tudo que eu gostaria de dizer, e mostra o quanto pensamos de modo IGUAL. Você SOUBE CRITICAR quem merece críticas, mostrando que esses grandes veículos da mídia especializada, do passado e do presente, embora sejam louváveis ao levar para frente o estilo de que somos fãs, ao mesmo tempo NÃO estão acima do bem e do mal por causa disso. PELO CONTRÁRIO, você SOUBE ELOGIAR o que há para elogiar neles, MAS a verdade é que muitas vezes eles prestam um grande desserviço com a mentalidade que eu já chamei aqui - e repito - de TACANHA (serve para imprensa, blogs e PÚBLICO, claro). Infelizmente.

    A TRANSFORMAÇÃO no collector's, de uns meses para cá, tem sido notável e salutar! Lembro-me de textos igualmente brilhantes, como aquele “O Radicalismo Cega”, sobre o “Lulu”, dentre outros aqui e ali. Você também se revela defensor da INOVAÇÃO em outros veículos, fico feliz.

    SINTO, muito mesmo, por este blog estar nas mãos de alguém que se revela reiteradamente um tanto arrogante, e até mesmo ditatorial. Porque sentiria nele (blog) uma SAÍDA para tudo aquilo que aponto – e, ironicamente, você também – como nocivo no estilo!

    Saindo do pessoal, também vejo certa ESQUIZOFRENIA no blog.

    Faz um mega texto sobre o genial “Lulu”... MAAAS não o inclui na lista de melhores do ano.

    Dedica-se a fazer posts às “Novas Caras do Metal” , algo louvável e pra lá de necessário... MAAAAS enche de bandas que nada trazem de novo à cena (fica a dúvida: quer mostrar que o estilo evolui, ou que ele estagnou de vez? –-> ora, sei que quer mostrar evolução, e naquele meio citou ótimas e inovadoras bandas também, mas ainda poucas!).

    Faz ENQUETES tentando incluir nomes inovadores e mais improváveis, muito legal (imagino até ser uma forma de dizer “olha o que foi lançado no ano tal e passou batido – quase uma forma de fazer “JUSTIÇA HISTÓRICA”)! MAAAS, ignora outros nomes por pura birra, não aceita sugestões e críticas a respeito, tornando o resultado pouco relevante.

    Apresenta de Korn a Enslaved, de Rammstein a Meshuggah, de Old a Skindred, novamente dá a APARÊNCIA de blog preocupado com a inovação. MAAAAS faz resenha de bandas que se limitam a fazer o básico e mínimo, como Dynazty e Steelwing, com ALTAS notas... e “deixa para trás” o conceito MODERNO E INOVADOR de Adrenaline Mob, Primal Rock Rebellion, o próprio Lacuna Coil deste último disco, além de OUTRAS dezenas, INEXPLICAVELMENTE citadas mas não resenhadas...

    Fez OUSADO post sobre os diversos estilos dentro do Heavy, boa! MAAAS seu perfil “ditador” impediu uma discussão mais saudável nos comentários, cabível e recomendável, vez que muito acertou, mas TAMBÉM cometeu erros crassos (talvez por uma “autossuficiência”, que o fez escrever sobre estilos que NÃO domina. Nada mais normal, aliás). Uma PENA, pois confunde críticas objetivas (uma coisa), com opiniões pessoais (outra coisa, também bem vindas e hábeis à discussão) com, por fim, brigas e desrespeito (que é MUITO outra coisa!)... sendo que APENAS estes últimos deveriam ser combatidos.

    Escrevo tudo isso pois considero que o blog não tem o poder de uma RC ou Whiplash, mas GANHA bons contornos, e poderia dar o passo que os outros não deram, se assim escolhesse. TORÇO por isso! Afora os apontamentos acima, e ignorando de quem veio, concordo PLENAMENTE com o texto, e deixo meus parabéns (como, por justiça, já deixei em outros posts, com o habitual respeito, para elogiar e para criticar).

    Saudações!

    (opinião pessoal: não compare Trivium com Machine Head, graus de inovação distintos, sendo que o primeiro não tem quase nada, enquanto o segundo já mereceu até – justo – texto seu quando do excelente “Unto the Locust”, e até já “caminha ao lado”, ou no mesmo sentido, de bandas como Mastodon)

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  16. Concordo com cada vírgula do texto. A muito tempo já comentava entre amigos sobre tradicionalismo escroto que rola no Brasil sobre determinadas bandas. Se a biba do Axel espirra lá do outro lado do mundo, aparece um monte de pelas para limpar o narizinho dele. Sai fora! Todas as bandas "novas" que você citou no texto, escuto desde seus discos de estréia. Poderia incluir na lista bandas como Protest the Hero, D.R.U.G.S, Red, Crucified Barbara e entre as nacionais Reviolence, Glória e muitas outras.
    Um site muito bom que sempre tem novidades é o thenewreview.net. Vale a pena conferir.
    Abraços e parabéns!
    Edilson Peçanha

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  17. "O fã de metal sempre foi, tradicionalmente, mais crítico e opinativo"

    tenho que discordar, um estilo não faz seu fã ser mais critico, já viu um fã de música classica super critico e opinativo?
    tudo depende do grau de interesse da pessoa, de sua curiosidade questionadora, discordo de possiveis atributos que um determinado estilo de música possa dar, é como dizer que quem ouve música clássica é mais inteligente.

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  18. Ricardo, eu com 36 anos, dúvido que abrirei minha mente para novas bandas ou novos estilos dentro do heavy metal.Lendo sua matéria(muito boa por sinal), me identifico como radical que viveu parte dessa época, mas qualquer disco considerado ruim de bandas clássicas como o Techical Ecstasy ou Never Say Die do Black Sabbath, No Prayer for the Dying ou X Factor do Iron Maiden, etc...são melhores que qualquer coisa que estão fazendo hoje em dia.Difícil comparar o nível dessas bandas com as de hoje, pois há anos, não vejo nada que surgiu por aí, que possa dizer que revolucionou o metal, algo fora do comum, que vá trazer de volta o auge do gênero.
    Qualquer lançamento de bandas antigas como o Thirteen do Megadeth, The final Frontier do Maiden, Call to Arms do Saxon, são melhores que qualquer coisa que estão fazendo hoje por aí e ainda eles lotam estádios.Em breve não veremos mais bandas como Slayer, Wasp, Ozzy..., pois nossas bandas preferidas, estão beirando os 30/35 e até os 40 anos de vida.E o que será do heavy metal quando esses caras pararem de tocar?Não vejo substitutos à altura.
    Dá medo só de pensar que um dia isso irá acontecer.

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  19. Acho que há um paradoxo que é uma resposta ao próprio texto: se de fato temos hoje mais acesso a todo tipo de informação e mesmo assim há quem prefira um certo conservadorismo, existe um claro sinal, que não somente os campos midiáticos são conservadores, como o público é conservador.

    As bandas possuem seus recursos para colocarem à disposição do público suas canções e se as bandas citadas ainda não conquistam por completo o coração do metaleiro, fico pensando mesmo se a culpa é do conservadorismo, dos meios midiáticos e do público. Por isso o paradoxo.

    Infelizmente, de tudo que eu ouço, vejo muito peso e pouca melodia. Pra mim, isso resume bem, porque boa parte do público ainda opta pelos tradicionais...

    As bandas de hoje tem pouco recurso melódico. O peso deixou de ser um cenário e passou a ser o principal mote e referência musical, quando na verdade, isso não funciona para quem ouve.

    O que sempre diferenciou as bandas não foi o estilo e sim a musicalidade. O que torna o METALLICA uma banda idolatrada nos dias de hoje e o mesmo vale para o GNR é que suas canções são de fácil assimilação, sem que isso beire ao populismo.

    Música é uma questão da alma também. Não é por força e também não é por lógica. É uma questão sensorial e sentimental. Portanto qualquer discussão razoável não chegará a conclusão alguma.

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  20. "...The Hunter o Sabbath Bloody Sabbath dos anos 2000"

    Depois desta frase, que é perfeita e mais do que isso, verdadeira, fica dificil não concordar com teu texto. Apesar de discordar de alguns pontos, ele é em sua maioria perfeito.

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  21. Excelente texto! Engraçado, estou vendo o vídeo do jornalista Alberto Dines- e você, Ricardo com esse texto, me pareceu um Dines do Metal,rs, legal! Parabéns! Se tiver um tempo, dê uma ouvida no Muqueta na Oreia(www.muquetanaoreia.com). Valeu! Abraço.

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  22. Bom texto, mas discordo e concordo em alguns aspectos...acredito que a mensagem principal sobre a renovação do público e bandas do metal, seria válido em 1989 no máximo...hoje em dia felizmente ou infelizmente graças a internet e downloads..toda uma nova geração tem ido e buscado novidades, além da nossa "midia especializada" não ter mais a influência que tinha sobre o público, como era antigamente,haja visto que muitas revistas e sites desapareceram há muito tempo e uma nova geração nem compra mais, assim como cds. A meu ver, o motivo principal, para que pouquissimas bandas tenham se estabelecido frente ao grande público é porque a grande maioria das bandas atuais, realmente não apresentam a qualidade, força e carisma necessários para conseguir esse "ticket" para a estória do estilo. É inclusive, ao meu ver, uma tendência dos dias atuais, o pessoal descobre,"suga" e descarta as novas bandas muito rápido. E concluindo meu comentário, não basta ter afinações baixas,roupas da moda e atitude de boutiques, tem que realmente convencer, e tenho certeza que as melhortes bandas surgirão, vão impor sua atitude e ganhar os fãs do estilo,garantindo a sobrevivência do metal. Não há motivos para alardes...o velho metal e o novo convivem harmonicamente.

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  23. Eu concordo com muito do texto. Concordo com o conservadorismo e até concordo com a ideia de que há uma má vontade do brasileiro para com algumas bandas e estilos. Mas nesse post, vou me concentrar na parte de discordância:

    Primeiro com relação ao Power Metal. Sempre vi um certo mau olhar do autor do blog para com o estilo, mas algumas coisas ditas nesse texto sobre o estilo estão longe de ser verdade.

    O estilo não morreu faz 10 anos. Continua bem vivo por sinal, e até bem no restante do mundo. Talvez não com o mesmo boom dos anos 90, mas gravando e lançando discos e novas bandas surgindo. A prova disso são os números: pegue o Metal Archives, o site mais confiável para conseguirmos estatísticas sobre o Metal. O gênero que mais tem bandas em todo mundo são o Death e o Black Metal. Entretanto, mesmo com menos bandas, o Power Metal é o que mais lança discos por gravadoras e meios internacionais. Razão? Demanda e consumo. Maioria das bandas de Death e Black não conseguem nada além de demos, porque ninguém compra ou tem interesse em sua música. Já o Power Metal consegue lançar discos justamente porque ainda há consumidores que gostam desse estilo musical. Sobre qualidade ou não são outros quinhentos, mas em termos de vendas e popularidade, o estilo prossegue.

    Sobre Falaschi e Bianchi, não há muita diferença entre seu texto e as ações deles. A verdade é que ambos querem apoio ao Metal Nacional e as boas bandas que vem surgindo. A diferença mesmo é só na tonalidade, porque nas ideias, são praticamente iguais. Tanto Bianchi quanto Falaschi pedem apoio para outras bandas também do underground, é mesquinhez achar que fizeram todo o escândalo só por causa de suas bandas. Até porque, não haveriam razões para reclamar, pois o patamar deles está ainda muito superior ao restante em termos de lucro. Falta um pouco mais de conhecimento e conversa franca com ambos, para perceber que são caras que querem o bem do Metal Nacional. Que acaba incluindo outras bandas.

    No mais, só para não acharem que vim só descascar o texto, eu concordo plenamente: estamos em 2012. Eu apoio totalmente bandas novas com matérias exclusivas. E destaque a elas tão grande quanto as clássicas. Isso mudou bastante aqui e acho excepcional que o blog siga essa linha editorial.

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  24. Depois de ler essa matéria eu me sinto culpado por não gostar de bandas que possuem vocais guturais, porém não sei se deveria. Eu fui criado escutando Helloween e André Matos, isto com certeza contribuiu para minha preferência musical.
    Eu tento escutar as bandas com vocais guturais indicadas pelo blog, tento MUITO gostar, mas não consigo. Eu tento mesmo.
    Bem, creio eu que o vocalista é porta-voz da banda, ele transmite oque a banda quer transmitir, entendem? Não quero desvalorizar os outros membros de uma banda, TODOS são de total importância! Portanto, se um vocalista canta com extrema agressividade, ou a banda quer passar uma imagem cheia de violência, não sou obrigado a gostar disso!
    A maioria dos clipes de death metal que vemos, tem imagens perturbadoras. É essa imagem do metal que é passada para os demais que não são habituados pelo genêro.

    Como alguém pode ser condenado por não concordar com imagens perturbadoras ou vozes rasgadas? Música não se faz com sangue. Pelo amor de Deus.

    Bem, tomara que eu não seja excomungado aki nos comentários pela minha opinião.

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  25. Qualquer que for o segmento sempre é necessária a renovação, isso não acontece só com o Heavy Metal. E acho que tem que abrir destaque para as novidades e sempre mantendo o bom e velho respeito aos Classics, sempre num equilíbrio.

    Eu acho que a inovação acontece espontaneamente e não é produto de uma imprensa especializada. Eu acho que a imprensa tem o papel de “divulgar” muito mais do que o papel de “abrir o caminho” não só de bandas, mas de novas tendências. E tenho certeza que a mídia estará falando sobre os novos expoentes do Heavy no momento em que eles surgirem.

    PORéM com o advento da Internet!!! O nº de revistas especializadas (Eletrônicas) se multiplicou e... o nº de (digamos “especialistas”) se alastrou. Agora “qualquer um” se julga apto a criticar e julgar, o que é bem diferente de emitir opinião. Esse tipo de site colaborativo (assim como o Whiplash) perdeu muita qualidade com esse tipo de colaboração. Qualquer moleque que o papai dá dinheiro pra comprar muitos CD’s nas lojinhas e assistiu apenas 2 ou 3 shows ao vivo, se julga com bagagem pra falar mal daquilo que pouco conhece... mas como tem esta abertura... destrói muitos trabalhos feitos do “próprio suor” (que poderiam ter muito futuro) através de uma opiniãozinha infantil, sem lastro e da qual se deveria dar pouca importância.

    Outra “péssima” coisa que a internê proporcionou são os “críticos” dos críticos. Gente que entra em debates que não curtem. Gente que frequenta chats que não deveria. Gente que “não faz” mas tem espaço pra criticar. Pow meu irmão. Deixa de ser chato e faz um blog próprio que te agrade ae...!!!

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  26. O texto toca num assunto delicado: a renovação do metal existe e está ocorrendo, senão as bandas citadas no mesmo não teriam sequer espaço no mundo do metal. Mas um detalhe deve ser observado: o fã pode (deveria, mas só pode - é um direito) conferir o que quiser, mas deve apenas dar atenção ao som que lhe motive, seja ele novo ou não. Não adianta de nada apresentar um som novo se o ouvinte não gostar dele.

    Concordo que a imprensa precisa, até para sua sobrevivência a longo prazo, dar atenção as novas bandas que vão surgindo, e acho sim que existem trabalhos marcantes de 2000 para cá, mas isso tudo é teoria... se a massa que consome não curtir de nada adianta. Penso que o pecado da imprensa é sempre pensar 100% (ou 80%) no que rende a curto prazo, mesmo que seja pela necessidade da sobrevivência (falar de novos sons não rende nada se comparado a um lançamento do Iron Maiden ou Slayer).

    Gosto muito do blog por ter acesso a novos sons e acho super o trabalho do Ricardo, mas vejo que existe a base da pirâmide, que sustenta toda a sobrevivência do metal: o ouvinte. Esse ser fantástico, e imprevisível, e que pode sequer não querer ouvir sons novos, e está no seu direito.

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  27. "e “deixa para trás” o conceito MODERNO E INOVADOR de Adrenaline Mob, Primal Rock Rebellion, o próprio Lacuna Coil deste último disco""

    Scobar, essas três bandas tiveram os seus últimos discos resenhados e elogiados aqui na Collector's Room, e já faz tempo.

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  28. Metal é muito bom... mas confesso que tenho saudades quando aparecia no blog um Iron and Wine, Bon Iver, Destroyer... Jazz ... também é uma ótima forma de desafiar o ouvinte !

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  29. Legal continuar e incentivar uma discussão sobre o tema no texto, e como é natural concordo com muitas das coisas ditas nele e discordo de um outro tanto.

    Se por um lado o radicalismo enfraquece um estilo aprisionando-o em um redoma de dogmas, por outro, foi ele o único responsável pela sobrevivência do mesmo quando até a mídia especializada declarava a morte do metal e os próprios medalhões estavam pulando fora mais ou menos entre 93-02.

    É claro que renovação de nomes é importante, mas também há muito questionamento sobre a importância destes nomes quando a maioria deles apenas repete o que já foi feito.

    Originalidade é essencial mas também é absurdamente difícil identificar em pouco tempo o que é uma revolução de uma maluquice, isso só o tempo diz, e a depender do tempo, o autor da originalidade já pode ter de desistido a até morrido. Quantas revoluções não foram apedrejadas e anos depois as cópias que surgiram é que colheram os louros?

    Por isso essa é uma discussão sempre muito bem vinda, e eu acho que todas as opiniões são válidas, sejam contra, sejam a favor, desde que honestas e com um grau mínimo de civilidade.

    Agora uma das coisas que muito me incomodam é o ufanismo de quem ouve rock/metal. Os fãs de metal são compostos por pessoas iguais a qualquer outra base de fãs, tem os que são críticos, os que engolem qualquer coisa, os que são violentamente apaixonas por um verão, os que gostam comedidamente por toda a vida, etc.

    O fã de metal é uma pessoa como qualquer outra, uns são inteligentes, outros nem tanto, uns tem mente aberta, outros nem tanto, enfim, por mais que a maioria se ache grande coisa só pelo simples fato de ouvir metal, a verdade é que, só por isso ele não é, vai depender de uma agregação de outros valores que ele tenha. E tanto é verdade que o fã de metal não é tão crítico que qualquer álbum mediano do Maiden é o melhor de qualquer ano. Talvez a verdadeira diferença seja a proporção de apaixonados pelo gênero, mas até nisso eu me pergunto, quem ouve metal/rock há mais de 15, 20 anos, quantos de seus amigos "de som" continuam com o rock/metal como uma quase prioridade?

    (continua)

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  30. A outra coisa que me incomoda é tentar criar uma obrigação ao ouvinte de metal de "ter" que ouvir/conhecer coisas novas. É o mesmo comportamento praticado por TB e EF que querem criar a obrigação de ouvir o metal nacional.

    Bem, no o mundo contemporâneo nem sempre é possível conciliar estudos/trabalho/crescer na profissão/esposa/filhos/horas perdidas no trânsito/atualizar-se sobre coisas realmente importantes com ouvir as músicas que você já gosta/assistir os filmes que você quer/acompanhar a série que lhe agrada/ver a exposição que lhe interessa/zerar aquele jogo que lhe desafia. Enfim, até mesmo pela acessibilidade é muito complicado equacionar aquilo que devemos fazer com aquilo que queremos fazer, e, mesmo dentro daquilo que queremos fazer, são raras as pessoas unidimensionais que tem apenas um interesse na vida.

    Fora que, tem uma infinidade de clássicos lançados, reconhecidos pelo público, pela crítica e tudo o mais que a pessoa não ouviu, pois é impossível conhecer todos os clássicos, sem contar nas pérolas esquecidas e ainda adicionar e assimilar as novidades.

    Qualquer um com mínimo de conhecimento se arrepia quando vê um moleque que nunca ouviu o Master of Puppets dizer que Trivium é a melhor banda de todos os tempos, como também é irritante aquele cara que não ouve nada composto de determinada data para frente, ou aquele cara que só ouve música com a guitarra em certo tom, ou com determinado estilo vocal.

    O que quero dizer, e me perdi um pouco, é que, com tantas obrigações e opções não acho válido ficar criando a "obrigação" nos outros de "ter" que ouvir coisa nova, acho válido e salutar apoiar que se faça, mas quem não quer está no seu direito, e mais importante, não está fazendo nada errado.

    Se bandas como Carcass e Destruction chegaram a acabar por falta de apoio, milhares de bandas geniais nunca foram conhecidas, bandas que eu acho horrendas são sucesso e bandas fenomenais vendem como água só é possível entender que se a vida não é justa, por que a música seria? No final vai sobressair quem sobressair, vai sobreviver quem sobreviver e não existem fatores mesuráveis para se prever isso, qualquer previsão é palpite, qualquer acerto é sorte, se é bom ou se é ruim, sem tem qualidade ou não, quem determina é o ouvinte baseado em seu gosto pessoal e ponto.

    Ps.: concordo plenamente com o Fábio RT

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  31. No começo quando conheci esse blog, foi por causa do seu respectivo nome "collector´s room" no whiplash, achava o máximo conhecer pessoas do Brasil inteiro com aquelas coleções de milhares de discos e ficava sonhando: um dia ainda chego lá!!! conhecer outros malucos apaixonados pelo vinil, pela musica de qualidade, pelas raridades e pelo anos 70 em especial.

    Ultimamente venho acompanhando o blog e está ficando cada vez mais dificil aparecer por aqui algum colecionador mostrando seu tesouro; muitos vão dizer (como muitos já o fizeram) que sou sadocista e vivo do passado, mas até hoje não me foi provado o contrário, até hoje no mundo rock vimos um baterista melhor que John Bonham, um guitarrista melhor q Jimmi Hendrix, alguém superar o grande Ronnie James Dio nos vocais, na performance e no carisma com a platéia!! Voce disse: "...The Hunter o Sabbath Bloody Sabbath dos anos 2000" acho exagerado, o que não me atrai nessas bandas novas é a falta de continuidade e criatividade, eles lançaram um disco de qualidade mas não conseguem proseguir nesse padrão de qualidade, me lembro de bandas que a mídia colocou os caras lá em cima, tecendo várias resenhas cheias de elogios, que tal banda é a revelação do ano, a salvação do rock e uma porção de asneira depois nunca mais, tais como: White Stripes, Artic Monkeys, esse próprio Mastodon que você comparou ao Sabbath, esses caras tem mais de 10 anos de estrada só agora no 5º disco vejo pessoas e algumas mídias tecendo elogios, isso comparado ao 5º disco do Sabbath é pífio!!! O sabbath bloody sabbath é de 73 a banda supostamente tinha 6 anos de existencia contando a partir do Earth, praticamente a metade, com a continuidade da qualidade dos discos num patamar de igual à crescente, isso é fato!!! Sem falar na explosão na popularidade da banda e exposição na mídia (sem internet e coisa e tal) que na época para ser evidenciada era preciso disputar espaço só com monstros sagrados da musica, hoje o cenário é bem mais fácil para se destacar, só tem coisa ruim!!!

    Não é que eu não goste ou tenha tapado os ouvidos para a musica atual, acho que o fato de não ouvir essas bandas novas é que com a internet e os inúmeros blogs de musica, todos os dias descobrimos bandas "novas" que na realidade são antigas e que de longe superam a qualidade dessas bandas novas e em todas os aspectos, afinal estamos em 2012 e com a internet conseguimos viajar como dizia meu amigo Bento Araujo, para "o mehor da musica do melhor dos tempos"

    abraço!!!

    Marceled

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  32. Ótimo texto!
    O relato se assemelha demais ao que penso e sinto. Desculpe-me pela sinceridade, mas, definitivamente, não aguento mais aturar as infinitas repetições de playlists e notícias envolvendo bandas como Iron Maiden... O mundo do metal está em extrema ebulição e mergulhar a mente em ícones do passado é uma ação retroativa, fruto da defasagem cultural. É óbvio que se faz necessário o conhecimento (e reconhecimento) da obra deixada pelos grandes dos anos 70 e 80, mas o radicalismo é um tipo de burrice sem tamanho.
    Parabéns pelo texto e obrigado pelo espaço!

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  33. Ricardo, eu tenho um filho de 10 anos, que a muito custo consegui tornar gremista e aparentemente em fã de rock'n'roll e metal (devo muito ao jogo Guitar Hero por isso).

    E adivinha a banda preferida dele: Slipknot (contra minha vontade).

    Depois vem Iron Maiden, Black Sabbath, Ozzy, AC/DC, System Of a Down... acho que é isso, para 10 anos de idade é um começo.

    Mas porque meu filho de 10 anos não está escutando as maravilhosas bandas novas como Machine Head, Trivium, Mastodon, e, ao invés disto, escuta Iron, Sabbath e mais recentemente não para de escutar AC/DC?

    Respondo: porque estas bandas são MELHORES!

    Meu filho fica no computador, conhece as bandas através do YouTube e tem total liberdade de navegação e livremente escolheu essas bandas.

    Eu sou fanático por Metallica, minha banda preferida disparado, mas meu filho não gosta, prefere o Slipnot, da qual até escuto, mas pouco.

    Seu texto trata das pessoas que ficaram presas nos anos 80 e não chegaram ao século XXI.

    Ora, meu filho nasceu no século XXI e prefere discos de 20/30 anos antes de seu nascimento.

    Se colocar Powerslave e In Waves para ele escutar, qual tu acha que ele vai preferir? Só a música Aces High acaba com o In Waves.

    Porque eu gosto de tanto de Black Sabbath com Ozzy se este abandonou a banda pouco depois de eu nascer??? Eu não deveria, por exemplo, seu fã de Nirvana?

    A banda Ghost não ficou famosa exatamente por tocar algo meio setentista! Por que não escutar direto a fonte, ao invés da imitação?

    Música é atemporal, música não tem geração!!!

    Porque eu ou meu filho vamos escutar o que é feito hoje se tem tanta coisa melhor no passado ainda a ser descoberto?

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  34. Em nenhum momento do texto eu falei para alguém ouvir apenas o que é feito hoje. A minha crítica é para quem acredita, cegamente, que apenas as bandas antigas fizeram música de qualidade e ignora os excelentes trabalhos de várias bandas atuais.

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  35. Acredito que o fato de serem "bandas melhores" não podem ser apenar por mérito, mas por terem surgido primeiro. Essas bandas antigas tiveram a oportunidade de criar algo novo, e isso não necessariamente é mérito, é também sorte de ter nascido antes. Poderiam ser o Slipknot, SOAD e Trivium há 20-30 anos atrás, tocando, fazendo algo totalmente novo, e serem reverenciados como lendas hoje. Essas bandas atuais são formadas por músicos que são fãs dessas bandas antigas, mas que também queriam fazer algo diferente de seus ídolos. Imaginem essas bandas tocando exatamente o que o Iron Maiden ou AC/DC já tocam há décadas, seria ridículo. Acho que falta é vontade de parar e analisar essas bandas novas melhor, porque elas tem muita coisa boa pra mostrar.

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  36. "Música é atemporal, música não tem geração!!!"

    Frase perfeita... por isso mesmo é bobagem fechar o ouvido para o mais recente e considerar defasado (como muito meio de comunicação faz) o que foi realizado antigamente ... o bacana é continuar cavocando em todas as épocas...em todos os estilos que te agradam...e que também não te agradam ...mas aí vai da cabeça e ouvido de cada um .... e também do tempo...mas pra quem ama música o tempo nunca é desculpa...
    Abraços

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  37. Prezado Ricardo,

    eu disse "deixou para trás" pelas NOTAS que atribuiu a uns e a outros. E apenas depois completei que existem OUTRAS, além das citadas, que aí SEQUER foram resenhadas. Resenhas são um bom modo de apresentar algo novo ao público, inclusive visam as famosas listinhas de fim de ano.

    Erro crasso de veículos como a Roadie Crew, por ex. Eis que APOIEI sua crítica. Como leitor de revistas, vi na internet uma bela ferramenta DEMOCRÁTICA justamente por isso (ah, tem a inclusão de trogloditas, mas o mau uso do meio não pode servir para condená-lo).

    Só a partir de 2000 que percebi o quanto a visão dos redatores era estreita, como se perdia páginas e páginas para "apresentar" MAIS DO MESMO (os medalhões junto de suas cópias), e deixavam toda a verdadeira RENOVAÇÃO da cena de fora.

    No fim do ano, alguns redatores um pouco mais de 'mente aberta' traziam uma ou outra novidade, ou as citavam em matérias, mas tais lançamentos NÃO estavam nas entrevistas, nem nas resenhas, era estranho! A Internet DEU PERNAS PRÓPRIAS a quem quer levantar a bunda da cadeira e não apenas decretar, ao longe, que o "estilo morreu". Eis porque, APESAR de TODAS AS DISCORDÂNCIAS que expus acima (sei lá se um dia se obterá resposta daquilo), sigo fã deste blog.

    Mas tem que dar o passo extra, o algo a mais, que veículos importantes como os criticados não deram.

    abço!

    (Discordo, no texto, apenas da visão quanto ao 'power metal' como vilão. Digo, é um fato, mas o pecado dos demais veículos foi setorizar demais o metal. Criaram receitas, bandas que devem se encaixar no tradicional, no melódico, no extremo, no gótico, como se arte fosse sempre algo assim, certinho, marcado... isso que é péssimo!)

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  38. Respondendo ao Arthur Tayt-Sohn, por isso achei o exemplo de meu filho perfeito.

    Ele não tem a menor noção de que banda veio primeiro. Para ele todas as bandas são novas e contemporâneas, afinal, é a primeira vez que ele as está escutando.

    Então essa questão de que é melhor porque veio primeiro cai por terra.

    Outro dia ele estava curtindo "War Pigs", música escrita 30 anos antes dele nascer.

    Quando eu disse para ele que a música era de 1970, ele ficou abismado, sua expressão era como se ele sequer soubesse que a guitarra já existisse naquela época. E ainda faltavam 7 anos para eu nascer.

    Influenciei ele no estilo, mas não posso dizer que bandas ou músicas gostar. Isso é opinião dele, visto o exemplo que citei de Slipknot x Metallica.

    Concordo que não devemos estar presos ao passado. No futuro, talvez meu filho esteja enjoado dessas bandas que hoje para ele são novidades e queira escutar algo novo ou talvez até algo mais velho que para ele seja a primeira vez.

    Só não vejo sentido em ficar escutando uma infinidade de bandas recém formadas com a desculpa de se atualizar.

    Eu vou escutar o que for melhor independente da época em que foi lançado. É o que tento fazer.

    Tenho escutado muita coisa "nova". Nova para mim, coisas de 70 e 80 que eu nunca tinha escutado.

    E também curtido alguns lançamentos.

    E, na minha opinião, o passado continua melhor!

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  39. Curti muito o texto e concordo com tudo que foi dito ai. Apesar de tudo eu ainda sou bastante criticado por ouvir Paradise Lost e logo depois torar Rage Against The Machine, claro por serem bastante diferentes um do outro. Acho que as pessoas deviam mesmo abrir suas mentes e esquecer esse lance de sub-gênero. Como o Trivium por exemplo, é uma banda muito FODA e muita gente a despreza sem ter ouvido só por ser rotulada como Metalcore. A galera devia curti "METAL" independente de como é rotulado.

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  40. O texto é legal, mas é o seguinte eu já tenho uma opinião formada relacionada ao que eu vou ouvir ou não.
    É claro que existem bandas boas atualmente, só que é o seguinte: muitas não, a maioria não me agradam, justamente por serem cópias do que já foi feito.
    Já teve um tempo na minha vida, que eu podia me dar ao luxo de ficar atrás de bandas novas, mas o tempo passa vem as obrigações te chamando para assumi-las e infelizmente algumas partes ficam relegadas a segundo plano e vocÊ se segura naquilo que você já conhece, ou seja a sua base.
    Eu gosto desse blog pelo seguinte, pela ousadia em fugir do lugar comum, pois aqui é normal encontrar sempre uma banda nova mesmo que não me agrade eu paro e ouço e indico para alguns amigos, isso quando não estou teclando no msn e já saio recortando e colando o link para enviar para alguém.
    Agora, o fato de você se sentir importante só porque gosta de ouvir Heavy Metal e Hard Rock, me desculpem é fútil e vazio(você se julgar a última bolacha do pacote só porque leu todas as biografias existentes acumulou tal conhecimento e ouviu milhares de bandas).
    Eu me sinto importante, quando um aluno chega para mim e diz que o que lhe ensinei foi importante para ele passar no vestibular e também é útil para a vida dele, ou melhor ainda eu leciono num cursinho pré vestibular na periferia ali eu vejo a minha importância, pois anualmente conseguimos ajudar os alunos a entrar nas faculdades públicas fora as atividades extra curriculares e não pensem que eu ganho qualquer subsídio eu faço isso de graça mesmo e não estou me gabando não, estou falando porque me sinto especial.
    A música é uma parte importante da minha vida, mas não eu boto toda a expectativa da minha vida em cima de um disco, como muitos fazem e provavelmente se sentem superiores por isso, e como disse a Serena são tão criticos que até os trabalhos medianos do Iron Maiden são os melhores do ano e quem quiser comprovar isso pegue qualquer publicação inclusive as enquetes deste blog e vai entender isso sem embargos.
    A minha preferência musical é a década de 1970 e 1980, mas também coleciono alguma coisa refente as décadas posteriores e ainda paro quando tenho tempo para ouvir as novas como já disse. Pois, até hoje ainda estou recomprando parte da minha coleção de LP´S E CD´S,que foi furtada da minha casa em 1999 e depois de 13 anos só consegui obter 60% fato que me pesa no bolso por isso outras coisas infelizmente ficam de lado, mas isso não me impediu por exemplo de comprar tudo referente ao Mastodon, Acid Witch, Ghost, Nevermore.
    Finalizado, eu também concordo que o heavy metal e o hard rock não se resumem aos seus medalhões por isso quando alguém me pergunta sobre Black Sabbath eu respondo com o Wishbone Ash e também mostro outras bandas além de Iron Maiden e as vezes os resultados são satisfatórios outras não, mas enfim é jeito é ousar.

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  41. Só não concordei com a parte de que os fãs Brasileiros se prenderam ao Power Metal. Acho que nas vertentes mais extremas há fãs tão o mais radicais que esses do Power, a diferença é que os fãs das vertentes consideradas extremas (Thrash, Death, etc..) possuem mais opções de shows para se divertirem, tendo em vista que as bandas locais das cenas regionais fazem suas próprias cenas e eventos, e mantêm elas sempre na ativa. Mas aí é que está, tanto os fãs mais extremos quanto os mais tradicionalistas (Heavy, Power) temem as novidades. Se torna meio que um provincianismo. Essas bandas mais novas se utilizam das gerações anteriores como inspiração para fazer música, infelizmente os fãs tradicionalistas não entendem isso.

    Belo texto, vou divulgar.

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  42. Muito interessante essa reflexão. Os veículos mencionados deixavam de lado bandas fantásticas, como o Overdose e o Sarcófago, por exemplo, que eram classificados pela Rock Brigade como cópias do Sepultura e Celtic Frost, respectivamente. Concordo plenamente quando você diz que o papel do crítico deve ser o de apresentar alternativas. Ou seja, dizer que as bandas clássicas são incríveis, mas que há muita coisa genial sendo produzida atualmente também, e que devemos manter nossa mente aberta.
    A verdade é que nas votações do público, nesses veículos mais tradicionalistas, figuram sempre as mesmas caras há mais de dez anos.
    Acredito que, se existisse mais variedade no conteúdo das publicações de metal, isso se refletiria nas opções do público e mesmo na quantidade e qualidade das bandas brasileiras, que se sentiriam estimuladas para buscar a diversificação, livres de amarras criativas. Digo isso porque percebo que muitas bandas brasileiras são extremamente competentes, mas se limitam a reproduzir clichês de um estilo, o que torna suas composições altamente previsíveis. Se o público e os músicos tivessem uma cabeça mais aberta, isso poderia produzir resultados muito salutares para a cena brasileira.

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  43. Eu nem de longe discordo do papel super importante da mídia impressa na orientação do consumo por parte do público, mas também não se resume a isso, e hoje, como você mesmo disse, com a internet e as redes sociais, não se resume mesmo.
    O que essas publicações estão fazendo é chover no molhado, apostando no que pode dar mais retorno, afinal o custo para manter uma revista é muito alto. Não estou dizendo que o que fazem é certo, mas que para eles é assim que funciona, agora, cabe ao leitor, consumidor da revista, cobrar por esse posicionamento.
    O Metal é um campo de negociações muito forte, é preciso testar, mas não extrapolar os limites, existem fronteiras.

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  44. Quem compra os meus discos?? Quem paga por eles?? EUUUU... Nada mais justo que eu escutar o que EU acho bom!! Se ouvir MASTODON, LAMB OF GOD, GHOST, KORN, GREEN DAY (se era pra postar esse tipo de matéria no site, era melhor ter encerrado as atividades mesmo), MACHINE HEAD, HUNTRESS, dentre outros, é ser cabeça aberta... Meu velho, eu sou um TROLLLLLLL!!! Não é porque VC acha essas coisinhas HEAVY METAL, que elas passam a ser! Muito menos são boas... Só pra constar, tenho "apenas" 25 anos... Não sou um tiozinho que vive nos anos 70, 80... Mas tenho bom gosto... Se vc quer ouvir bandas diferentes tente ouvir as EMPREGUETES!!!!

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  45. Concordo em muitos pontos mas, mesmo assim, ainda não dá pra ter uma visão do bom metal atual com as bandas apresentadas pela mídia.
    Muito do metal de qualidade é produzido nos EUA, sim, mas não só lá.
    De fato, o tradicionalismo de certos headbangers irrita. Muitos vangloriam-se de suas bandas favoritas como se fossem times de futebol.
    Assim como clássicos nasceram nas décadas de 60, 70 e 80, clássicos estão nascendo agora e estão sendo recebidos pelas mesmas caras franzidas de desgosto que receberam os clássicos do passado, inovadores, em seu tempo.
    O negócio é aprender a criticar por si mesmo. Nem o Heavy Metal nem o Rock devem ser tratados como religião e sim como uma cultura que se diversifica cada vez mais sem esquecer suas raízes.

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  46. Rodrigo.

    É preciso falar que jornalismo independente se faz da maneira como vem sendo feita no Collector's.

    Como o título da matéria sugere, já estamos no século 21, então viver de saudosismo é coisa do passado. Não vou dizer que sou fã das bandas citadas, mas sou muito mente aberta para, pelo menos, conhecer bandas novas e, se estas forem do meu agrado, vou curtir sim.

    Sites e revistas especializadas precisam contratar gente nova, isto é fato. E para isso, basta olhar por aí, tem muito blog legal que passa despercebido.

    Show de matéria.

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  47. Eu ouço bandas novas todos os días... Compro em média 10 CDs por semana, ja tenho uma lista com 53 títulos lançados em 2012, vários de bandas novas (2000 pra frente)... A questão não é a data do play ou da banda, é a qualidade... Eu quero ouvir HEAVY METAL (de uma maneira genérica, englobando suas vertentes) não RAP... Não quero saber de bandas que misturam som... Isso é evoluir? A coca-cola tem a mesma fórmula há mais de 100 anos, e é a bebida mais consumido do mundo!! Por que a necessidade de mudar, "evoluir"o heavy metal? O que é jornalismo independente? É ter um blog?? Sempre li a collectors pois era feita por colecionadores para colecionadores... Não parte da imprensa retardada que reina no nosso país... Mas o Ricardo ta assumindo esse posto... Vai terminar como o Whiplash!, grande público e com notinhas de Snoop Dog, Green day( só pra citar algumas que eu vi outro dia)... Parei!!!

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